Código
RC160
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Geral de Juiz de Fora
Autores
- MARCIA GOTELIP DELGADO (Interesse Comercial: NÃO)
- Adriano S. Murucci da Fonseca (Interesse Comercial: NÃO)
- Célia Mara de Moraes Zebral (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MEMBRANA EPIRETINIANA SECUNDARIA: IMPORTANCIA DA AVALIÇAO CRITERIOSA NA DECISAO CIRURGICA
Objetivo
Relatar três casos de membrana epiretiniana (MER) secundária e enfatizar a importância de reconhecer fatores que direcionam a decisão pelo tratamento cirúrgico.A MER apresenta grande variabilidade na sua história natural e recuperação funcional pós cirúrgica.Pode ser tratada cirurgicamente, mas nem toda MER necessita de cirurgia.
Relato do Caso
1)JCAS, 14 anos, com diminuição da acuidade no olho direito (20/80), apresentando foco de retinocoroidite peridiscal inferior adjacente a lesão cicatricial. Tratou para toxoplasmose por 6 semanas. Após 1 mês do término do tratamento observou-se MER perimacular, com acuidade 20/25. Conduta expectante, pois paciente tem boa acuidade visual, sem queixas de distorção. 2)EA, 62 anos, apresentando diminuição da acuidade visual no OD (20/100), de longa data,com MER macular. Histórico de descolamento macular seroso da retina pós trauma há 20 anos. Conduta expectante pelo longo tempo de formação da membrana, sem evidência de evolução recente. 3)ADA, 65 anos, queixando metamorfopsia no OD, com exuberância de sintomas, acuidade visual corrigida de 20/50, com MER macular secundária à oclusão de ramo de veia central da retina. Optou-se pela cirurgia, apresentando acuidade corrigida de 20/25, sem queixas de distorção visual.
Conclusão
A MER é uma membrana fibrocelular e avascular que prolifera na superfície da membrana limitante interna da retina. Pode ser idiopática ou secundária.A MER secundária pode estar associada a patologias oculares como: doenças inflamatórias, retinopatias vasculares, traumas, descolamento de retina e manobras cirúrgicas. Suas características histológicas, história natural, prognóstico e comportamento cirúrgico diferem de acordo com a patologia relacionada. Além disso, a decisão cirúrgica é um processo complexo e multifatorial que depende : da sintomatologia, grau de disfunção visual e acuidade visual, idade, duração dos sintomas e sinais de evolução. Portanto, é importante avaliar cuidadosamente todos estes fatores para indicar a cirurgia, pensando no ganho visual e satisfação do paciente.