Código
RC197
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital de Olhos Leiria de Andrade
Autores
- MARILIA MACEDO REBOUCAS (Interesse Comercial: NÃO)
- Pedro Javier Yugar (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SINDROME DA EFUSAO UVEAL EM PACIENTE COM NANOFTALMO: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso de paciente jovem alto hipermetrope e com nanoftalmo evoluindo com síndrome da efusão uveal bilateral.
Relato do Caso
G.B.S, 17 anos, parda, procedente de Trairi, comparece ao ambulatório referindo baixa acuidade visual desde os 3 anos de idade com importante piora progressiva do olho esquerdo(OE) há 3 meses. Ao exame oftalmológico, acuidade visual em olho direito conta dedos há 1 metro e em olho esquerdo conta dedos frente face com correção de +14,00 DE em OD e +15,00 DE em OE. Na ectoscopia aparenta nanoftalmo e na fundoscopia apresenta em OD: descolamento de retina exsudativo parafoveal e em OE pseudoedema de papila, descolamento de retina exsudativo inferior e temporal, dobras da retina descolada e questionando-se descolamento de coroide, sugerindo hipótese diagnóstica de Síndrome da efusão uveal. Na ultrassonografia ocular, confirma-se a nanoftalmia, com comprimento axial OD 16mm e OE 15mm, espessamento escleral e os achados na fundoscopia. Solicitado retinografia e OCT para acompanhamento, iniciou-se prednisona oral 1mg/kg/dia e retorno com 1 mês. Na consulta seguinte, a paciente em uso do corticoide oral, teve melhora do descolamento de retina em OD, entretanto quadro em OE sem alteração. Devido a pouca resposta, iniciamos acetozolamida oral e já programando a possibilidade de intervenção cirúrgica com janela escleral.
Conclusão
Importante lembrar que pacientes alto hipermetropes e com nanoftalmo possuem a esclera mais espessada, podendo estar relacionado com a fisiopatologia da Síndrome da efusão uveal, entidade, a qual deve ser suspeitada quando este perfil de paciente apresente piora da acuidade visual.