Código
RC150
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HRO - Hospital de Referência Oftalmológica
Autores
- ALLINE GONCALVES DOS REIS MELO (Interesse Comercial: NÃO)
- WENER Passarinho Cella (Interesse Comercial: NÃO)
- Guilherme Lima Palácio (Interesse Comercial: NÃO)
Título
DESCOLAMENTO EXSUDATIVO DA MACULA APOS PANFOTOCOAGULAÇAO RETINIANA A LASER EM SESSAO UNICA.
Objetivo
Relatar um caso de panfotocoagulação retiniana a laser em sessão única para tratamento de retinopatia diabética proliferativa de alto risco que evoluiu com descolamento exsudativo acometendo a mácula.
Relato do Caso
C.S.L., 31 anos, sexo feminino, portadora de diabetes mellitus tipo 1 há 20 anos com mau controle metabólico, referia moscas volantes no olho direito há 1 dia. Ao exame oftalmológico apresentava acuidade visual corrigida de 20/20 em ambos os olhos e, ao mapeamento de retina apresentava neovasos de retina e hemorragia vítrea no olho direito e neovasos de papila óptica e de retina no olho esquerdo. Foi indicada panfotocoagulação retiniana a laser em ambos os olhos, sendo necessária anestesia peribulbar devido à queixa de dor intensa. O olho direito foi o primeiro a ser tratado, sendo optado por sessão única de panfotocoagulação a laser, sendo realizados 1950 disparos de 200 mW, 200 micra e com duração de 200 mseg. Após 4 dias a paciente retornou com queixa de redução da acuidade visual (20/100), sendo observado descolamento de coroide na periferia superior, nasal e temporal e descolamento exsudativo na retina superior atingindo a mácula. Foi medicada com corticoide sistêmico e, após 4 dias, houve absorção completa das alterações. Após 4 meses a acuidade retornou a 20/20 e os neovasos regrediram.
Conclusão
A intensidade, o número total de disparos, o diâmetro axial, a faixa etária mais jovem e o tratamento em sessão única são fatores de risco para descolamento exsudativo da retina e efusão uveal na retinopatia diabética proliferativa. Tais alterações são causadas por aumento da inflamação coroidal e quebra da barreira hemato-retiniana externa secundárias ao laser térmico. O prognóstico é bom, com resolução espontânea em poucas semanas, mas no presente caso optou-se por tratamento sistêmico com corticoide para reduzir o tempo de recuperação visual.