Sessão de Relato de Caso


Código

RC127

Área Técnica

Plástica Ocular

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto de Oftalmologia Oculistas Associados de Manaus

Autores

  • THIAGO DA SILVA MONTEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
  • AFRA RAQUEL BERNARDES DA SILVA GERBI (Interesse Comercial: NÃO)
  • LEONOR LEITE CAMPOS DE ARAUJO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RECONSTRUÇAO PALPEBRAL COM A TECNICA DE HUGHES APOS EXERESE DE CARCINOMA BASOCELULAR ASSOCIADO A BLEFARITE CRONICA

Objetivo

As lesões neoplasicas palpebrais apresentam vários diagnósticos diferenciais nos estágios iniciais. A literatura afirma que o carcinoma de glândulas sebáceas é o tipo mais comumente confundido com hórdelos recidivantes e blefarites intratáveis. O objetivo desse relato de caso é avaliar a associação de uma blefarite crônica sem melhora ao tratamento clínico com o carcinoma basocelular (CBC) e aplicar a técnica de Hughes após exérese tumoral para reconstrução palpebral.

Relato do Caso

M.V.S., sexo feminino, 62 anos, procurou o Instituto de Oftalmologia de Manaus queixando de prurido e episódios inflamatórios em pálpebra inferior OE há 6 meses, fez uso de Doxiciclina 100mg sem melhora. Após 4 meses desde o início dos sintomas notou surgimento de lesão na mesma pálpebra de crescimento progressivo. Nega traumas, comorbidades, cirurgias prévias ou uso de medicamentos. Ao exame físico: AV S/C: OD 20/30 OE 20/40 C/C: OD 20/20 OE 20/25, Biomicroscopia com tumoração em pálpebra inferior, canto lateral do olho esquerdo, ulcerada e com presença de vascularização, medindo 0,7x0,6 cm. Foi realizado a exérese tumoral em 26/04/16 com fragmento de pele medindo 1,0x0,8x0,4cm exibido na superfície nódulo de 0,7x0,6cm e solicitado o histopatológico. Foi feito um retalho tarsoconjuntival (Hughes) para promover a integridade anatômica e proteção ocular, o segundo tempo foi realizado em 17/05/16. O laudo histopatológico concluiu carcinoma basocelular sólido cístico medindo 0,7x0,6cm, com lesão contida nos limites da biópsia e estadiamento patológico pT1. Paciente foi reavaliada em 31/05/16, com ótimo aspecto do enxerto e margem palpebral alinhada. Não foi observado persistência de blefarite.

Conclusão

Apesar da literatura mostrar que o carcinoma de glândulas sebáceas ser o tipo mais confundido com uma blefarite intratável, o caso relatado mostrou uma blefarite associada ao CBC, que tornou-se mais evidente após aumento progressivo ao longo dos meses, além da técnica de Hughes ter apresentado ótimo resultado na reconstrução de palpebral inferior após exérese tumoral.

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