Código
P024
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UNIFESP
Autores
- GERALDO ANDRADE MARQUES (Interesse Comercial: NÃO)
- EDUARDO GAYGER MULLER (Interesse Comercial: NÃO)
- LUIZ BRITO (Interesse Comercial: NÃO)
- NATALIA PONTE NOGUEIRA MARQUES (Interesse Comercial: NÃO)
- LUCIENE BARBOSA SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
COMPARAÇAO ENTRE O TRANSPLANTE PENETRANTE VERSUS TRANSPLANTE LAMELAR ANTERIOR PROFUNDO NO TRATAMENTO DE CERATOCONE NO HOSPITAL SAO PAULO EM 2014
Objetivo
Avaliar a diferença de acuidade visual e as taxas de complicações entre DALK e TXP no tratamento do ceratocone no Hospital São Paulo em 2014.
Método
Estudo retrospectivo através da análise dos prontuários de pacientes com ceratocone submetidos à TXP e DALK em 2014 no Hospital São Paulo. O estudo incluiu 70 olhos de 70 pacientes. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, melhor acuidade visual pré-operatória e pós-operatória (3, 6 e 12 meses) e complicações intra e pós-operatórias.
Resultado
Foram realizados 309 transplantes de córnea, sendo 70 (22,6%) para o tratamento do ceratocone; 38 (54,3%) eram homens e 32 (45,7%) mulheres. A idade dos pacientes variou de 13 anos a 49 anos, com média de 20,9 anos. Foram realizados 59 (84,3%) TXP e 11 DALK (15,7%); 10 indicações prévias de DALK foram convertidas para TXP no momento intra-operatório, representando, portanto, uma taxa de conversão de 47,6%. 33 (55,9%) dos 59 TXP obtiveram maior acuidade visual corrigida (BCVA) maior ou igual a 20/40 e 9 (81,8%) dos 11 DALK obtiveram BCVA igual ou superior a 20/40. 11 (18,6%) pacientes que realizaram TXP tiveram pelo menos um episódio de rejeição e não houve rejeição nos casos de DALK.
Conclusão
Em 2014, o TXP ainda era a principal escolha de tratamento para o ceratocone, mas considerando seu perfil mais seguro, o DALK parece ser uma alternativa melhor. BCVA foram semelhantes após DALK e TXP, no entanto, a rejeição do enxerto só estava presente após TXP. DALK é tecnicamente desafiador, porém pode garantir um melhor período pós-operatório, teoricamente livre de rejeição imune endotelial.