Título

PSEUDO-EDEMA DE PAPILA BILATERAL EM ALTA HIPERMETROPE : RELATO DE CASO

Objetivo

Descartar a importância do diagnóstico diferencial entre papiledema e pseudo-edema de papila ,em especial em pacientes altos hipermétropes.

Relato do Caso

Paciente, 15 anos, sexo masculino, pardo, brasileiro, teria sido encaminhado primeiramente ao neurologista, com queixa de dificuldade no aprendizado e baixa acuidade visual. Nega comorbidades. Durante o exame neurológico foi evidenciado papiledema bilateral, sendo iniciado investigação por suspeita de hipertensão intracraniana. Paciente foi submetido a vários exames de neuroimagem, incluindo punção lombar, sem evidenciar nenhuma alteração central significativa, sendo encaminhado ao nosso serviço para avaliação oftalmológica. Ao exame oftalmológico: Acuidade visual s/c: conta dedos a 2 metros. Refração subjetiva: Olho direito: +18.00 plano = 20/100. Olho esquerdo: +16.00 plano = 20/100. Motilidade ocular externa: Preservada. Biomicroscopia: Olho calmo, córnea transparente, câmara anterior formada. Fenda palpebral estreita, questionando nanoftalmo. Fundo de Olho: Pseudoedema de papila bilateral vasos retinianos de aspecto e calibre normal. Mácula de aspecto e brilho normal. Foi solicitado biometria confirmando nanoftalmo com comprimento axial 15.63mm/16.03mm.

Conclusão

Apesar de ser imperativo a investigação neurológica quando achado edema de papila bilateral, devemos lembrar do pseudoedema de papila como um diagnóstico diferencial, em especial em pacientes altos hipermétropes, como nosso caso, evitando que se submeta a diversos e repetidos exames neurológicos.