Código
RC028
Área Técnica
Doenças Sistêmicas
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Leiria de Andrade
Autores
- CARLA CRISTINA MAIA DE LIMA LOBO (Interesse Comercial: NÃO)
- Lana Martins Menezes (Interesse Comercial: NÃO)
- Pedro Javier Yugar (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PAPEL DO OFTALMOLOGISTA NO DIAGNOSTICO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUEMICO: UM RELATO DE CASO
Objetivo
Reconhecer as alterações no campo visual de um paciente na emergência oftalmológica que nos levam a suspeitar de um AVC.
Relato do Caso
Paciente do sexo masculino, 65 anos, hipertenso, foi atendido na emergência oftalmológica de nosso serviço relatando ter acordado com escotoma bilateral à esquerda. Refere também associado um quadro passageiro de fraqueza em dimidio à direita. Ao exame oftalmológico: Acuidade visual sem correção de OD: 20/70, OE: 20/40, realizada biomicroscopia e fundoscopia que não apresentaram alterações que justificassem o quadro. Devido à hemianopsia homônima à esquerda e o sintoma focal neurológico, mesmo que momentâneo, levantou-se a suspeita de uma lesão de origem cortical, sendo o paciente encaminhado para avaliação neurológica em um serviço de emergência mais próximo, onde foi realizado tomografia de crânio sem contraste, diagnosticando AVC isquêmico de lobo occipital à direita. O paciente retorna ao serviço oftalmológico para realizar a campimetria visual para avaliar a sequela visual devido o insulto cerebral isquêmico.
Conclusão
Devemos sempre valorizar os sintomas extra-oftalmológicos e pensar em outros diagnósticos que também causem alterações na visão. Devido ao sintoma neurológico focal e a hemianopsia homônima, conseguimos ajudar no diagnóstico de Doença Cerebral Vascular Isquêmica aguda. A anamnese e exame físico detalhados foram essenciais para a suspeita, daí a importância de uma avaliação global do paciente.