Sessão de Relato de Caso


Código

RC153

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Oculare

Autores

  • THAISA DE BARROS COSTA LOUREIRO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Ana Lindaura Callou Augusto (Interesse Comercial: NÃO)
  • Mayra Neves de Melo Carneiro (Interesse Comercial: NÃO)

Título

DUSN: RELATO DE UM CASO BILATERAL

Objetivo

Descrever os aspectos clínicos de neurorretinite subaguda unilateral difusa, sendo este paradoxalmente bilateral, observada à fundoscopia em uma mulher de 33 anos proveniente da cidade de Assu-RN.

Relato do Caso

Paciente M. V. C., sexo feminino, 33 anos, com queixa de baixa acuidade visual, principalmente em olho esquerdo, desde os 13 anos de idade. A acuidade visual sem correção em olho direito 20/20 e olho esquerdo conta dedos a 1 metro, sem melhora com correção. A biomicroscopia não apresenta alterações. Contudo, ao exame de fundo de olho apresenta cicatriz coriorretiniana em região perimacular, estreitamento arteriolar difuso e aumento do brilho da membrana limitante interna em ambos os olhos. Bem como, assimetria de escavação de nervo optico. Pressão intra ocular normal.

Conclusão

DUSN é uma doença infecciosa, ocasionada por uma larva que é responsável por promover um processo inflamatório e degenerativo na retina posterior. No Brasil, a doença foi descrita inicialmente em 1991. Em 1992, foi realizada a primeira identificação da larva na retina. Apesar de ser principalmente unilateral, Souza et al. em 1997, descreveu a primeira evidencia de DUSN bilateral 2,7. No presente caso a paciente apresenta quadro presumível bilateral, apesar do boa acuidade visual em um dos olhos. De acordo com os casos relatados no Brasil, as larvas usualmente variam entre 400 e 700 micrômetros de comprimento. É difícil a localização da larva. Acredita-se que apenas em 20 a 50% dos casos de DUSN a larva móvel é encontrada. Estudos revelam poucos pacientes com diagnóstico presumível de doença bilateral. Na maioria dos casos, somente identificou-se a larva em um dos olhos de um dos pacientes 4,5,6. Neste caso especificamente, apesar de cuidadosos exames fundoscópicos, não foi possível localizar larva.

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6 a 9 de setembro | Fortaleza | Ceará | Brasil