Código
RC069
Área Técnica
Neuroftalmologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Faculdade de Medicina de Jundiaí
Autores
- VINICIUS MENDES ALBUQUERQUE (Interesse Comercial: NÃO)
- OTÁVIO REIS ALMEIDA (Interesse Comercial: NÃO)
- PAULO GOIS MANSO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
Neuropatia óptica tóxica em jovem: relato de caso
Objetivo
Relatar um caso de neuropatia óptica tóxico-nutricional bilateral em paciente jovem.
Relato do Caso
D.A.C, 34 anos, sexo masculino,procurou este serviço por queixa de baixa acuidade visual bilateral há um ano, usuário de canabis, álcool há 20 anos e thinner há 10 anos. De antecedentes pessoais, tinha como único relato, tratamento para esquizofrenia em uso de: prometazina, periciazina, clorpromazina, haloperidol e carbamazepina, diariamente. História oftalmológica familiar sem alterações. Exame físico geral é normal. Exame oftalmológico: Acuidade visual sem correção de conta-dedos a 2 metros em olho direito e conta-dedos a 50 centímetros em olho esquerdo; motilidade ocular extrínseca sem alterações; Biomicroscopia anterior sem alterações; Tonometria 14 mmHg em ambos os olhos; Mapeamento de retina em ambos os olhos demonstrava mácula aplicada, com brilho diminuído e sinais de atrofia foveal em ambos os olhos. Campo visual com escotomas céco-central em olho direito; retinografia de ambos os olhos com palidez de nervo óptico, escavação 0,5x0,5, ausência de brilho foveal e discreta atenuação vascular; ressonância nuclear magnética(RNM) de órbitas e encéfalo : afilamentos e alterações de sinal dos nervos ópticos notadamente à direita que podem representar degeneração ou alterações sequelares e áreas de gliose sequelares no cúneo e giro lingual direito.
Conclusão
Concluímos que a associação de diversas drogas neurotóxicas acelerou de forma sinérgica o processo de atrofia óptica bilateral e das lesões encontradas no sistema nervoso central.