Título

LENTE INTRAOCULAR EM PIGGYBACK ASSOCIADO A ANEL INTRAESTROMAL: RELATO DE CASO

Objetivo

Apresentar um caso de facoemulsificação com lente intraocular em piggyback pós anel intraestromal em paciente com ceratocone e intolerância ao uso de lente de contato.

Relato do Caso

C. S., masculino, 36 anos, solteiro, natural de Praia Grande (SP), com diagnóstico prévio de ceratocone há 6 anos, procurou o Hospital de Olhos Grottone (SP) com acuidade visual com correção (AVc/c) de -18,00 DE = -2,00 DC x 90° 20/100 em olho direito e intolerância ao uso de lente de contato. Submeteu-se ao implante de anel intraestromal 160°x2 300µ, apresentando AVc/c -15,50 DE = -4,75 DC x 75° 20/50. Houve melhora das ceratometrias e do kmax ao PENTACAM, sendo seguida a melhora da asfericidade do paciente, resultando em melhora da qualidade visual e consequentemente acuidade visual com correção. Foi submetido a facoemulsificação com implante de lente intraocular, apresentando uma hipermetropia residual no pós-operatório e AVc/c +5,00 DE = -0,75 DC x 180° 20/40. Na sequência, foi realizado implante secundário no sulco de lente intraocular piggyback de + 8,00 dioptrias. No pós-operatório de 3 meses, o paciente relatou estar satisfeito com o resultado, apresentando refração subjetiva de -0,50 DE = -1,00 DC x 135° com acuidade visual corrigida de 20/25.

Conclusão

A facoemulsificação com lente intraocular mostrou-se uma boa alternativa neste caso em específico. O uso da lente intraocular em piggyback foi capaz de corrigir a ametropia residual. Este tipo de caso reflete a dificuldade em avaliar a biometria em casos de córnea com grandes assimetrias e ceratometrias variáveis. Mesmo com o auxílio do PENTACAM e mapa HOLLADAY, ainda houve um resíduo a ser corrigido em segundo tempo.