Código
P125
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HFSE
Autores
- DIOGO GONCALVES DOS SANTOS MARTINS (Interesse Comercial: NÃO)
- Aluisio Rosa Gameiro Filho (Interesse Comercial: NÃO)
- Aline Fernandes de Albuquerque (Interesse Comercial: NÃO)
- Paloma Gassen Faccenda (Interesse Comercial: NÃO)
- Olivia Araujo Zin (Interesse Comercial: NÃO)
- Carolina Taglieari Estacia (Interesse Comercial: NÃO)
- Daniella Socci da Costa (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANALISE RETROSPECTIVA E CARACTERIZAÇAO EPIDEMIOLOGICA DOS CASOS DE UVEITE EM HOSPITAL TERCIARIO DO RIO DE JANEIRO
Objetivo
Analisar a distribuição dos casos de uveíte em pacientes atendidos no Setor de Uveíte do Serviço de Oftalmologia do Hospital Federal Servidores do Estado do Rio de Janeiro
Método
Estudo Epidemiológico retrospectivo, transversal e descritivo pela análise de prontuários de 63 pacientes atendidos no Serviço de Oftalmologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, no Setor de Uveíte, entre Março a Outubro de 2016. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética.
Resultado
A média de idade foi de 45,54 (±15,8), sendo 50,8% do sexo feminino e 49,2% do masculino. Uveítes anteriores corresponderam à 63,49% dos casos, intermediárias 1,58%, posteriores 19,04% e panuveítes 15,87%. Apenas 33,3% dos pacientes encontravam-se com processo inflamatório ativo no momento da avaliação. Cerca de 74,6% das uveítes tinham causas não infecciosas e em 12,69% não foi possível a determinação etiológica. A causa isolada mais frequente foi Espondilite Anquilosante, responsável por 28,57% do total de casos. Demonstrou-se que 55,5% dos pacientes tinham acometimento bilateral e 71,14% apresentavam uveíte não granulomatosa
Conclusão
Observou-se alta prevalência de uveíte anterior, principalmente as de origem reumatológicas, ao contrário de relatos prévios na literatura em países subdesenvolvidos, assemelhando-se portanto mais ao perfil encontrado em países desenvolvidos. Estudos epidemiológicos que tratam de uveítes são em sua maioria realizados em centros terciários, o que poderia associar-se à um viés de encaminhamento, isto é, a presença de serviços reumatológicos nestes hospitais e a facilidade de encaminhamento direto à Oftalmologia poderia aumentar o indíce de etiologias reumatológicas na amostra, não refletindo deste modo a prevalência encontrada na população em geral. Apesar dos constantes avanços na Oftalmologia, ainda hoje muitos casos não têm diagnóstico etiológico definido: neste estudo, no qual 12,69% dos pacientes foram classificados como de etiologia idiopática ou indeterminada.