Sessão de Relato de Caso


Código

RC078

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade de Santo Amaro (UNISA)

Autores

  • MARINA IAZZETTI SIGUETA (Interesse Comercial: NÃO)
  • FELIPE SOUZA RIBEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANA GABRIELA FERNANDES DA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SINDROME DE MORNING GLORY: RELATO DE CASO

Objetivo

O objetivo deste estudo é relatar o caso de uma paciente com Síndrome de Morning Glory e salientar a importância do diagnóstico para acompanhamento periódico desses pacientes.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 10 anos de idade, cor branca, natural e procedente de São Paulo, foi encaminhada a esse serviço devido alteração em NO em OD. Mãe relata que notou BAV para longe desde os 4 anos de idade. Referia uso de óculos desde os 3 anos de idade e tampão por 9 meses (sem saber referir o olho e a frequência com que o utilizava). Ao exame apresentava AV OD=20/80 (+2.00DE -3.00DC 180O) e 0E=20/20 (+1,50DE -0,75DC 1800). Motilidade extrínseca ocular sem alterações, ausência de nistagmo e reflexos fotomotores normais AO. Biomicroscopia anterior sem alterações AO. Biomicroscopia de fundo de OD: Escavação 0,8x0,8, atrofia peripapilar, hiperpigmentação peripapilar, vasos emergindo da papila em padrão radiado. OE: sem alterações. CV OD aumento da mancha cega e OE sem alterações. TC sem alterações.

Conclusão

A Síndrome de Morning Glory é uma anomalia congênita rara, que geralmente acomete meninas e de forma unilateral, o que está de acordo com o que encontramos no caso descrito. O acometimento bilateral é mais raro e pode ser genético. Kindler em 1970, nomeou Síndrome de Morning Glory uma malformação congênita do disco óptico(DO), caracterizada por apresentar um tufo glial central, padrão radiante de vasos sanguíneos retinianos e um DO de escavação aumentada com pigmentação peripapilar. Sugeriu-se, então que a patogênese da SMG está relacionada ao fraco desenvolvimento da lâmina cribrosa e da esclera posterior. Pode estar associada a alterações oculares, como estrabismo, coloboma do cristalino, nistagmo, catarata e drusas de NO, e mais raramente a alterações sistêmicas como anomalias no SNC, alterações endócrinas, respiratórias e renais. Complicações possíveis são o DR seroso, que acomete até 30% dos casos e mais raramente neovascularização de coróide. Por esse motivo deve-se fazer acompanhamento periódico nesses pacientes e orientá-los adequadamente

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6 a 9 de setembro | Fortaleza | Ceará | Brasil