Código
RC119
Área Técnica
Plástica Ocular
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Unesp
Autores
- SHAIRA FERRARI RODOR (Interesse Comercial: NÃO)
- CAROLINA PEREIRA BIGHETI (Interesse Comercial: NÃO)
- SILVANA ARTIOLI SCHELLINI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CORREÇAO DE PTOSE PALPEBRAL CONGENITA COM USO DA FASCIA TEMPORAL: RELATO DE CASO E REVISAO DE LITERATURA
Objetivo
Dentre os procedimentos utilizados para correção da blefaroptose grave com fraca função do levantador, a elevação ao frontal é considerada o procedimento cirúrgico mais adequado. Diversos são os tipos de materiais que tem sido propostos para estabelecer a conexão da pálpebra superior com o músculo frontal. Apesar da fáscia lata autógena ser o material considerado “gold standard”, a fascia temporal também pode ser utilizada. O presente relato mostra um caso de ptose grave no qual foi optado por elevação ao frontal utilizando fascia temporal com excelente resultado.
Relato do Caso
V.L.A.R.V., 10 anos, sexo masculino, natural de Taquarituba - SP, estudante, encaminhado ao ambulatório de plástica ocular da UNESP com história de ptose congênita grave bilateral, apresentando ao exame oftalmológico acuidade visual normal em ambos os olhos, distância margem reflexo (MRD1) -1,0 mm bilateral, excursão do levantador 5mm à direita e 4 mm à esquerda. A criança elevava o queixo e usava constantemente o musculo frontal para conseguir visão. Musculatura ocular extrínseca normal. Diante do diagnóstico de ptose grave com fraca função do levantador optou-por realizar elevação frontal com uso de fáscia temporal. Obtenção da faixa de fáscia temporal medindo cerca de 4mm que foi fixada ao tarso utilizando a técnica de abertura da pálpebra na região do sulco palpebral superior e sutura da mesma na placa tarsal com 3 pontos simples de Mersilene 6.0. Realizada confecção de túnel subcutâneo e fixação da fáscia temporal no músculo frontal com 2 pontos simples de nylon 6.0. Suturas de pele com Nylon 6-0. Foi obtido resultado foi satisfatório com MRD 2,5mm em ambos os olhos e mantendo estabilidade deste resultado após 6 meses de procedimento cirúrgico e melhora na qualidade de vida do paciente.
Conclusão
A fáscia temporal é uma boa opção na suspensão frontal, entretanto, é necessário que o cirurgião tenha familiaridade com a anatomia local diminuindo as complicações no per e pós-operatório, obtendo desta maneira melhores resultados funcionais e estéticos.