Código
RC214
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Oftalmológico de Sorocaba
Autores
- SIMONE AIKO HATANAKA (Interesse Comercial: NÃO)
- SAMUEL DE MORAIS TAVARES (Interesse Comercial: NÃO)
- VIVIAN CRISTINA COSTA AFONSO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
EPITELIOPATIA PIGMENTAR PLACOIDE MULTIFOCAL POSTERIOR AGUDA (EPPMPA): RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever caso clínico de EPPMPA
Relato do Caso
Paciente maculino, 35 anos, encaminhado para avaliação por queixa de hiperemia ocular e baixa acuidade visual (BAV) bilateral há 11 dias. Negava comorbidades. História de tratamento para broncopneumonia há 11 dias. Ao exame, apresentava acuidade visual com correção (AV c/c) de 20/100 em ambos olhos. Reflexos pupilares normais. Biomicroscopia evidenciando bilateralmente hiperemia de conjuntiva bulbar 3+/4+, córnea clara com discretos precipitados ceráticos finos, flare, reação de câmara anterior 2+/4+, íris trófica, pigmentos irianos na cápsula anterior, cristalino transparente. Fundoscopia mostrava bilateralmente vitreíte 2+/4+, nervo óptico normal, aumento de tortuosidade vascular, redução do brilho macular, presença de múltiplas lesões brancas arredondadas de tamanho inferior a 1 diâmetro de papila agrupadas na região de polo posterior com rarefação do epitélio pigmentar da retina (EPR). A Tomografia de Coerência Óptica evidenciava irregularidade hipertrófica na camada de EPR nos cortes de mácula. O exame de angiografia com fluoresceína apresentava hipofluorescência precoce e hiperfluorescência tardia no polo posterior nas áreas das lesões. Instituído tratamento tópico com corticoide e midriático. Paciente evoluiu com persistência da BAV por 1 mês com recuperação gradual somente após o uso de prednisona 1mg/kg/dia em regime de regressão semanal. Em 6 meses de seguimento, observou-se melhora da AV c/c para 20/30 no olho direito e 20/25 no olho esquerdo.
Conclusão
A EPPMPA é uma patologia rara, sem tratamento específico. Em alguns casos se faz necessário corticoterapia. Estudos atuais compreendem a EPPMPA como uma patologia vascular primária da coroide e se discute uma possível mudança de nomenclatura dessa entidade.