Código
P094
Área Técnica
Oftalmopediatria
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Altino Ventura (FAV)
Autores
- NOELLE CARREIRO DE BARROS MAIA CHAGAS (Interesse Comercial: NÃO)
- PRISCILA FLORENCIO FERRO (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILA VIEIRA OLIVEIRA VENTURA (Interesse Comercial: NÃO)
- ADRIANA DE OLIVEIRA LIMA GOIS (Interesse Comercial: NÃO)
- CELIA REGINA NAKANAMI (Interesse Comercial: NÃO)
- LIANA MARIA VIEIRA DE OLIVEIRA VENTURA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ACUIDADE VISUAL EM CRIANÇAS COM A SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA: USO DO TESTE DE LEA GRATINGS E DE CARTÕES DE ACUIDADE DE TELLER
Objetivo
Avaliar o desenvolvimento da acuidade visual binocular e monocular, verificando a concordância e validade interinstrumento utilizado, com o teste de acuidade de resolução de Teller e o LEA Grating Acuity Test, em crianças com a síndrome congênita do Zika.
Método
Estudo observacional, de coorte, baseado na análise de prontuários médicos de 206 crianças com a síndrome congênita do Zika com idade variando de seis meses a um ano e um mês examinadas em abril e agosto de 2016 na Fundação Altino Ventura. Incluídos os soropositivos para o vírus da Zika e excluídos os soropositivos para outros tipos de infecções congênitas. Foram avaliadas informações como idade, gênero, peso ao nascer, perímetro cefálico ao nascer e atual, presença de calcificação cerebral e dilatação de ventrículos, presença de sintomas dengue-like, intercorrências na gestação, idade gestacional no parto, presença de estrabismo, anisometropia ou nistagmo, exames de acuidade visual com ou sem óculos pelo Teller e pelo LEA Gratings, campo visual, fundoscopia e se estavam ou não em estimulação visual no Centro Especializado em Reabilitação.
Resultado
O teste de LEA Gratings foi anormal em 89,6% dos olhos monocularmente e em 88,8% binocularmente, enquanto o de Teller foi anormal em 91,5% dos olhos direitos, 92,4% dos esquerdos e 91,6% dos exames binoculares. Quando comparados os resultados de normalidade e anormalidade entre LEA x Teller binocular, houve significância (p-valor=0,000). O LEA binocular mostrou correlação com o estrabismo e o nistagmo (p-valor=0,012 e 0,036, respectivamente), enquanto o Teller, somente com o estrabismo (p-valor=0,003). Os dois métodos apresentam correlação com concordância moderada entre si (kappa=0,494).
Conclusão
O método de Teller ainda é padrão-ouro na determinação da acuidade visual em crianças com síndrome congênita do Zika. O método de LEA Gratings possui correlação com mais alterações oftalmológicas encontradas nessas crianças do que o Teller. Ambos os métodos apresentam concordância moderada entre si.