Código
RC203
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro Visual Valter Justa
- Secundaria: Funcipe
Autores
- PAULO JOSE ROMA DIAS (Interesse Comercial: NÃO)
- Marcelo Paraíba Cavalcanti (Interesse Comercial: NÃO)
- Tiago Leite Albuquerque (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TOXICIDADE RETINIANA A HIDROXICLOROQUINA: RECOMENDAÇAO DA DOSE SEGURA
Objetivo
Relatamos o caso de uma paciente de 59 aos, portadora de lúpus eritematoso sistémico, que desenvolveu maculopatia apesar do uso da dose considerada segura de hidroxicloroquina(6,7mg/kg/dia).
Relato do Caso
Trata-se de uma paciente do sexo feminino, 59 anos, 57 Kg, em uso de hidroxicloroquina, 400mg/dia durante 08 anos para tratamento de lúpus eritematoso sistémico. Mesmo com uma dose considerada segura na época do tratamento(2007), a paciente desenvolveu toxicidade retiniana com baixa visual e alterações de campo visual e retinografia com angiofluorescência, quando então teve a droga suspensa. Apesar da suspensão da droga, a paciente evoluiu para um estagio mais avançado da doença com maculopatia em Bull’s Eye, deterioração da função visual com alteração subjetiva e objetiva dos exames realizados e impedimento funcional as atividade laborais. Em acompanhamento demonstrado até 2016 ficou evidente a piora de campo visual, evolução da maculopatia e alterações típicas de tomografia de coerência óptica.
Conclusão
Esse caso destaca dois aspectos pouco comuns, primeiro o desenvolvimento de toxicidade retiniana severa com o uso de hidroxicloroquina que é considerado mais seguro que a cloroquina e segundo que a toxicidade ocorreu mesmo em uso de dose segura, o que reforça o conceito atual que preconiza a redução da posologia diária de hidroxicloroquina de 6.5mg/kg/dia para 5mg/kg /dia e acompanhamento seriado rigoroso desses paciente com exames complementares, além de exame oftalmológico básico, a fim de minimizar a ocorrência dessa toxicidade, muitas vezes, de evolução desfavorável apesar da suspensão da droga