Código: P93
Área Técnica: Uveites / AIDS
ANALISE DAS CARACTERISTICAS CLINICAS E EPIDEMIOLOGICAS DE PACIENTES COM MEMBRANA EPIRRETINIANA MACULAR SECUNDARIA A UVEITE POR TOXOPLASMOSE
Analisar as características clínicas e epidemiológicas de pacientes com membrana epirretiniana macular(MER) secundária a uveíte por toxoplasmose.
Um estudo retrospectivo foi realizado em pacientes com uveíte por toxoplasmose ocular acompanhados no serviço de uveítes da Fundação Banco de Olhos de Goiás. O diagnóstico da MER foi realizado por exame clínico, retinografia e angiofluoresceínografia. As informações coletadas foram: idade, sexo, acuidade visual, diagnóstico clínico, anatômico e sorologico. The Standardization for Uveitis Nomenclature (SUN) Working Group guidelines foi utilizado para classificação da uveíte.
Uma série de 11 pacientes com retinite por toxoplasmose com membrana epirretiniana macular. A maioria dos pacientes eram do sexo masculino (81,8%). A idade média foi de 35,0 ± 11,6 anos. A acuidade visual foi > 20/63 em 3(27,3%), 20/63 a 20/200 em 3 (27,3%) e <20/200 em cinco (45,4%) pacientes. Todos apresentaram lesão unilateral. Destes pacientes, 4 (36,4%) foram localizado na zona de 1, 6 (54,5%) na zona 2 e 1 (9,1%) na zona 3. A presença de opacidade vítrea no início da doença ocorreu em 7 (63,6%) pacientes . 7 (63,6%) pacientes apresentaram um único episódio de uveíte e 4 (36,4%) apresentaram mais de um episódio. 10 (90,9%) pacientes fizeram sorologias para toxoplasma, destes todos apresentaram IgG positivos e 2 (18,2%) IgM positivo.
A MER foi mais propensa a se desenvolver em homens, pacientes com vitreíte e lesões localizadas no pólo posterior. MER secundárias foram associados com pior acuidade visual em comparação com MER idiopáticas e interrupção junção de fotorreceptores IS / OS é fator prognóstico negativo. A presença de IgG positivo em 100% mostra que MER é uma complicação tardia da inflamação ocular causada pela toxoplasmose. A série de casos mostrou que MER é uma complicação tardia prevalente, promove baixa visual e o acompanhamento do paciente é importante para intervenção precoce, de preferência antes da mudança de fotorreceptores.