Sessão de Relato de Caso


Código: RC025

Área Técnica: Córnea

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: FAMERP

AUTORES

  • LEANDRO FERNANDES COELHO (Interesse Comercial:NÃO)
  • VINICIUS TARGA VILLAS BÔAS (Interesse Comercial:NÃO)
  • RENATA TIEMI KASHIWABUCHI (Interesse Comercial:NÃO)

Título

ULCERA DE CORNEA GRAVE POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM LACTENTE

Objetivo

RELATAR CASO DE LACTENTE COM ULCERA DE CORNEA GRAVE POR PSEUDOMONAS ARUGINOSA

Relato do Caso

RMMS, 8 meses de idade, sem comorbidades, sem antecedentes patológicos , deu entrada no serviço de oftalmologia da FAMERP com quadro de hiperemia e secreção ocular em olho esquerdo há 2 dias , com piora há 1 dia. Ao exame biomicroscópico apresentava em OE: conjuntiva hiperemiada 3+/4+, córnea com infiltrado de 5x5 mm em área central , com área de afinamento , sem siedel. O paciente foi internado , coletado material para cultura, e iniciado colírios fortificados de vancomicina e ceftazidima de 1/1 hora, empiricamente . A cultura de bactéria foi positiva para Pseudomonas Aeruginosa. A partir da cultura foi mantido apenas ceftazidima colírio fortificado. No quinto dia de internação, evoluiu com perfuração ocular, sendo realizado curativo com cianoacrilato + lente de contato terapêutica sob sedação. O paciente seguiu em uso de colirios fortificados e realizou 4 injeções subconjuntivais de ceftazidima 1 vez por semana . No 26° dia de internação o colírio fortificado de ceftazidima foi substituído por gatifloxacino colírio. Evoluiu com neovascularização corneana sobre a ulceração , fechamento progressivo da perfuração e do defeito epitelial, recebendo alta no 42° dia de internação. Retornou ambulatorialmente 20 dias após alta, apresentando ao exame biomicroscopico em OE : conjuntiva calma, córnea com leucoma central , epitélio integro. Sem queixas e sem uso de colírios.

Conclusão

As úlceras infecciosas corneanas constituem uma causa importante de baixa de acuidade visual na população infantil dos países em desenvolvimento. Ceratite infecciosa na infância não é tão frequentemente encontrada quanto nos adultos, sendo um desafio seu diagnóstico e tratamento. A história clínica geralmente é pobre, pois as crianças não informam bem e os pais muitas vezes não sabem relatar o ocorrido. O Relato apresenta caso de úlcera grave em lactente, onde foi identificado o agente patólogico e estabelecido tratamento adequado, com resolução do quadro infeccioso.


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