Sessão de Relato de Caso


Código: RC118

Área Técnica: Plástica Ocular

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Universidade Federal de Goiás (UFG)

AUTORES

  • DANIELLA LIMONGI GIROTTO (Interesse Comercial:NÃO)
  • ANA CLARA VIEIRA DE CASTRO (Interesse Comercial:NÃO)
  • ROBERTO MURILLO LIMONGI DE SOUZA CARVALHO (Interesse Comercial:NÃO)

Título

QUADRO DE EXOFTALMIA UNILATERAL ASSOCIADO A DILATAÇAO DO PLEXO SUBCONJUNTIVAL SIMULANDO FISTULA ARTERIOVENOSA DE BAIXO DEBITO

Objetivo

Discutir a propedêutica clínica, diagnostica e terapêutica diante caso clínico atípico de exoftalmia.

Relato do Caso

B.C.R.F., 61 anos, masculino, procura o serviço de pronto-socorro de oftalmologia do Hospital das Clínicas de Goiás devido a proptose e baixa acuidade visual lenta e progressiva há 2 anos. Negava demais sintomas oculares. Negava comorbidades e uso de medicamentos. Ao exame apresentava proptose em olho esquerdo. Acuidade visual c\c: 0,5 e 0,1. Em biomicroscopia: Olho direito sem alterações. Olho esquerdo: pterígeo nasal grau II, discreta quemose conjuntival, dilatação dos vasos da conjutiva tarsal inferior. Fundoscopia: Ambos os olhos: Retina aplicada, vasos sem alterações, disco óptico com escavação fisiológica e sem alterações. Inicialmente feita hipótese de fístula arteriovenosa de baixo débito e solicitada tomografia de órbita com contraste com urgência e também exames laboratoriais para investigação de doença tireoideana. À TC foi observado espessamento difuso do músculo reto medial com acumulo de contraste que não acometia os tendões, e ausência de dilatação de veia orbitária superior e ausência de massas retro-orbitárias. Exames sanguíneos sem alterações. Diante do padrão da TC e afastada hipótese de fístula arteriovenosa optou-se por tratamento com corticoterapia devido hipótese de pseudotumor inflamatório

Conclusão

Diante de um quadro de proptose subagudo ou crônico é de extrema importância a realização de um exame de imagem adequado como a tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética, principalmente quando existem alterações ao exames que sugerem doença mais grave como fistula arteriovenosa. Nesse caso o exame de imagem foi mandatório para afastarmos a principal hipótese diagnóstica e optarmos por tratamento para pseudotumor inflamatório.


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