Código: P79
Área Técnica: Retina
A INFLUENCIA DA ADESAO VITREOMACULAR (AVM) NOS RESULTADOS FUNCIONAIS NO TRATAMENTO DA DMRI EXSUDATIVA
Avaliar a influência da adesão vítreomacular (AVM) nos resultados funcionais do tratamento com Ranibizumab, numa população com degenerescência macular relacionado a idade (DMRI) exsudativa, recorrendo a diferentes regimes de tratamento e avaliar a incidência de descolamento posterior do vítreo (DPV) induzido pelas injeções intravítreas.
Estudo retrospetivo realizado entre Setembro de 2012 e Setembro de 2015. 58 olhos que foram tratados com Ranibizumab intravítreo foram revistos. A interface vítreomacular foi avaliada por OCT e ecografia e os casos foram agrupados de acordo com a presença de AVM. Em todos os pacientes foram efetuados os regimes de tratamento PRN, mensal ou Treat & Extend. A melhor acuidade visual corrigida (MAVC) foi avaliada ao longo do follow-up, assim como o desenvolvimento de descolamento posterior do vítreo.
Um total de 58 olhos foram incluidos: 26 com DPV (grupo OFF) e 31 sem DPV (grupo ON) na visita inicial. A diferença na MAVC relativamente à visita inicial foi significativamente maior no Grupo OFF após 6 e 12 meses de follow-up (p=0.035 e p=0.045, respetivamente), obtendo um ganho de 9.0±16.0 letras após 12 meses, enquanto o Grupo ON obteve um ganho de 1.5±11.5 letras no mesmo período. Não foi identificada uma diferença estatisticamente significativa na variação da MAVC entre os regimes de tratamento. Durante o follow-up 2 olhos (6,5%) desenvolveram DPV.
A presença de descolamento do vítreo posterior apresenta um efeito positivo no prognóstico visual, no tratamento com Ranibizumab, em doentes com DMRI exsudativa. As injeções intravítreas raramente induzem DPV nestes doentes. Palavras-chave: Degenerescência macular da idade, adesão vítreo-macular, Ranibizumab, descolamento posterior do vítreo.