Código: P44
Área Técnica: Estrabismo
QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM ESTRABISMO ATENDIDOS EM SERVIÇO DE REFERENCIA DE SAO LUIS-MA
Avaliar aspectos da qualidade de vida em indivíduos com estrabismo
Realizou-se estudo descritivo e transversal, envolvendo 17 pacientes entre 10 e 49 anos na procura de dados epidemiológicos dos atendimentos de pacientes estrábicos para avaliação de qualidade de vida em hospital de referência em São Luís – MA. Uma ficha padronizada de atendimento e seguimento desses pacientes foi aplicada. Questionário envolvendo 20 perguntas aplicadas que objetivaram avaliar interações do indivíduo com seu meio social e auto-percepção(baseado no AS-20 contendo 11 questões dos aspectos psicossociais e 9 funcionais)
12 pacientes (70,6%) eram mulheres e a maioria dos pacientes foram submetidos a procedimento cirúrgico (76,5%). 47,1% dos pacientes revelaram se incomodar com o fato de possuir estrabismo e 52,9% percebiam que as pessoas de seu convívio notavam seu desvio. A maioria (47,1%) dos pacientes responderam que eventualmente o estrabismo afetava seu relacionamento com outras pessoas. 64, 7% responderam que suas oportunidades são reduzidas por conta do estrabismo. No domínio funcional, 41,2% disseram que o estrabismo dificultava sua visão. 23,5% relataram dificuldade para ler; 29,4% disseram ter dificuldade com estereopsia (sempre ou frequentemente). 41,2% associaram dor ou ardor nos olhos. Notou-se melhores escores de QV (59,1±16,6 pontos) entre os mais jovens (idade < 20 anos). Homens apresentam significativamente ( p<0,05) maiores escores no domínio Funcional do AS-20 comparados à mulheres. Portadores de esotropias entre 40 e 55 DP apresentaram menores escores de domínio psicossocial. Na correlação linear entre idade e o escore de QV geral e por domínios (Psicológico e Funcional) em pacientes estrábicos a medida que o escore da escala funcional aumenta, a idade diminui.
Observou-se impacto negativo do estrabismo na qualidade de vida dos pacientes. Diferentemente do que é observado na literatura não observou-se maiores escores de qualidade de vida quando comparados pacientes submetidos ou não a procedimento cirúrgico