Sessão de Relato de Caso


Código: RC049

Área Técnica: Geral

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Universidade Federal Fluminense (UFF)

AUTORES

  • BRUNA CAMPOS ZANIBONI (Interesse Comercial:NÃO)
  • Gabrielle Macedo Pedrosa (Interesse Comercial:NÃO)
  • Victor Jinichi Nishiyama Alves (Interesse Comercial:NÃO)

Título

ROSACEA OCULAR GRAVE EM PACIENTE COM HIDROCEFALIA OBSTRUTIVA: RELATO E DISCUSSAO

Objetivo

Relatar o caso de um paciente com rosácea ocular agravada pelo déficit cognitivo, levando à baixa acuidade visual

Relato do Caso

JPN, 26 anos, masculino, com hidrocefalia não comunicante e déficit cognitivo, veio para consulta no HUAP com história de hiperemia conjuntival e pápulas palpebrais desde os 10 anos. Ao exame, apresentou acuidade visual de 20/200(OD) e 20/100(OE), blefarite e meibomite graves com distiquíase, triquíase, telangiectasias e alteração das margens palpebrais AO, hiperemia conjuntival moderada, ceratite difusa AO, leucoma corneano e vascularização 360 graus no olho direito, e leucomas focais e vascularização temporal inferior na córnea esquerda. O paciente não tinha queixas apesar da severidade, manipulava muito os olhos e piscava insuficientemente. A principal hipótese diagnóstica foi rosácea ocular, e iniciamos tratamento com Flutinol 12/12 h por 30 dias, higiene palpebral e lubrificação ocular. Foi solicitado parecer da dermatologia para avaliar a rosácea cutânea, que acrescentou à prescricão Tetraciclina 12/12h por 12 semanas. O paciente apresentou melhora dos sintomas após o primeiro mês de tratamento, quando ocorreu o desmame do Flutinol.

Conclusão

A rosácea ocular possui diagnóstico clínico e as queixas mais comuns são olho seco, sensação de corpo estranho e fotofobia. Redução da acuidade visual pode ocorrer no acometimento corneano. Blefarite, meibomite e calázios de repetição são comuns, assim como a presença de telangiectasias nas margens palpebrais, a redução do BUT e sinais de conjuntivite crônica. As alterações corneanas acometem até um terço dos pacientes, e incluem vascularização corneana e ulcerações de córnea nos casos graves. No caso relatado, além da rosácea, havia um déficit cognitivo, com alterações comportamentais e falta de verbalização dos sinais e sintomas que provavelmente agravaram o caso e retardaram o diagnóstico, permitindo que a doença causasse dano irreversível à superfície ocular e baixa acuidade visual de mau prognóstico.


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