Sessão de Relato de Caso


Código: RC129

Área Técnica: Retina

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Instituto de Cardioligia do Distrito Federal -ICDF
  • Secundaria: Universidade Católica de Brasília - UCB

AUTORES

  • RAISSA FIGUEIREDO LACERDA (Interesse Comercial:NÃO)
  • Ricardo Souza Tavares (Interesse Comercial:NÃO)
  • Anderson Teixeira (Interesse Comercial:NÃO)

Título

BAIXA VISUAL AGUDA APOS TRANSPLANTE DE MEDULA OSSEA AUTOLOGO

Objetivo

Complicação ocular incomum em paciente pós transplante de medula óssea (TMO) autólogo, evidenciando os diagnósticos diferenciais e reforçando a importância de uma anamnese criteriosa para direcionamento adequado do diagnóstico oftalmológico.

Relato do Caso

M.S.H., 54 anos, feminina, procedente do DF com histórico de mieloma múltiplo IG Kappa DS IIIA, submetido a TMO autólogo, com queixa de baixa visual bilateral aguda e progressiva há 24 horas. Encaminhada por suspeita de infecção ocular oportunista. Antecedentes patológicos: mieloma múltiplo, DM tipo 2 secundário a corticoterapia, HAS há 3 anos descompensada após o TMO. Exame oftalmológico: AV de conta dedos (OD: 2m e OE: 0,5m), biomicroscopia de segmento anterior sem alterações bilateralmente, PIO de 10 mmHg em ambos os olhos. Exame de mapeamento de retina: edema de mácula com descolamento seroso do polo posterior, pontos de hemorragia intrarretiniana e exsudatos algodonosos – sinais característicos de retinopatia hipertensiva. Após controle da HAS o quadro retiniano involuiu, mas AV final foi de 20/100 em OD e conta dedos há 2 metros em OE.

Conclusão

O paciente apresentava diagnóstico de mieloma múltiplo, sendo o TMO autólogo o padrão terapêutico indicado. Apesar do criterioso acompanhamento após o TMO, são frequentes as complicações nesses pacientes devido a condição de imunossupressão. Dentre tais complicações, destacam-se os graves danos oculares como ceratoconjuntivite seca associada a doença do exerto-versus-hospedeiro, a catarata, as alterações isquêmicas microvasculares retinianas (por uso contínuo de ciclosporina) e as frequentes infecções oportunistas facilitadas pela terapia de imuno supressão, como a retinite por citomegalovírus. Após a reavaliação do paciente e do histórico patológico, no entanto, aventou-se a suspeita de retinopatia hipertensiva, visto que apresenta HAS como comorbidade. Assim sendo apesar da retinite por CMV ser uma complicação comum pós TMO, o caso chama atenção para outras causas de baixa visual que devem ser consideradas, como a retinopatia hipertensiva.


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