Código: RC101

Área Técnica: Órbita

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

• Principal: Universidade Federal de Goiás (UFG)

AUTORES

• BRUNA COSTA MONTEIRO HADLER (Interesse Comercial:NÃO)
• WIRLEY ALVES DE MENDONÇA JUNIOR (Interesse Comercial:NÃO)
• DIOGO BASTISTA DE QUEIROZ SILVEIRA (Interesse Comercial:NÃO)

Título

RELATO DE CASO DE ABSCESSO SUBPERIOSTEAL DE APRESENTAÇAO ATIPICA COM INTENSO ACOMETIMENTO DE SEIO MAXILAR EM ESCOLAR

Objetivo

Relatar o caso de um abscesso subperiosteal de apresentação atípica com acometimento de seio maxilar extenso.

Relato do Caso

Escolar, 7 anos, masculino, história de edema palpebral com flogose e dor ocular à direita há um dia. Apresentava também rinorreia purulenta, febre alta e dor à digitopressão de seio maxilar à direita. AV de 1,0 em OD e de 0,8 em OE. Reflexos pupilares e motilidade ocular inalterados, além de ausência de proptose. Com história prévia de lesão em pálpebra superior direita e de sinusite crônica. Foi instituída a antibioticoterapia sistêmica, solicitada a TC de órbitas juntamente com o parecer do otorrinolaringologista (ORL) logo após atendimento do paciente. Na TC foi visto deslocamento de globo ocular, velamento de seio maxilar sub total e de seio etmoidal, além de opacificação homogênea ao longo da parede medial da órbita. Aguardou-se 24 horas de tratamento com antibioticoterapia sistêmica (ceftriaxone + clindamicina) e, devido ausência de melhora do quadro clínico foi instituída sinusectomia + drenagem cirúrgica de abscesso subperiosteal. O quadro cursou com melhora significativa em três dias após a drenagem, sem alteração na AV de OD e motilidade ocular preservada

Conclusão

Os abscessos subperiosteais são geralmente observados em adolescentes e adultos jovens, mais comumente na celulite orbitária associada à sinusite etmoidal. Ainda são escassos os relatos na literatura de acometimento no escolar. Nas crianças, a distinção entre celulite orbitária e abscesso subperiosteal é feita com a TC de órbitas. O tratamento do abscesso subperiosteal consiste na terapia antimicrobiana e eventual drenagem cirúrgica, necessária para evitar possível elevação aguda da pressão intraorbitária e perda visual. Ainda é divergente na literatura quando instituir da drenagem cirúrgica do abscesso subperiosteal. Alguns autores propõe manter o tratamento clínico conservador com acompanhamento rigoroso da AV. No nosso serviço, juntamente com a equipe de ORL, propõe-se a indicação cirúrgica formal sempre que diagnosticada coleção subperiosteal