Sessão de Relato de Caso


Código: RC201

Área Técnica: Uveites / AIDS

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Hospital Santa Luzia

AUTORES

  • FERNANDO HENRIQUE ROCHA (Interesse Comercial:NÃO)
  • MAYRA FLÁVIO CARVALHO PEREIRA (Interesse Comercial:NÃO)
  • ADRIANO HASLER PRÍNCIPE DE OLIVEIRA (Interesse Comercial:NÃO)

Título

UVEITE INTERMEDIARIA SECUNDARIA AO VIRUS T-LINFOTROPICO HUMANO (HTLV-1)

Objetivo

Descrever a evolução de um quadro de uveíte secundária a HTLV-1.

Relato do Caso

M.L.A, feminino, de 60 anos, natural de Salvador/BA, com queixa de turvação visual há 2 meses em ambos os olhos (AO). Na história patológica pregressa, paciente hipertenso, em uso de clortalidona 25mg/dia; hipotireoidismo em uso de levotiroxina 50mcg/dia; doença reumática a esclarecer (FAN e VHS Positivos). Ao exame, acuidade visual (AV) 20/30 em olho direito (OD) e 20/40 em olho esquerdo (OE) com melhor correção, pressão intra-ocular (PIO) de 13/18 mmHg. À biomicroscopia, córnea transparente, sem reação de câmara anterior em AO e catarata incipiente. À fundoscopia (FO), vítreíte 2+, retina sem alterações. Foram solicitadas as sorologias para sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus e HIV, com resultados negativos e PPD não reator; RX de tórax sem alterações e hemograma normal. Também foi solicitado angiofluoresceinografia que evidenciou vazamento do contraste na periferia da retina secundário a vasculite em AO. Realizado ultrassonografia ocular que mostrou descolamento total de hialóide posterior impregnada, processo inflamatório vítreo e retina aplicada em AO, sendo prescrito prednisona 40mg/dia via oral e solicitado sorologia para HTLV. Retorna com o resultado positivo da sorologia para HTLV, mantido corticoide oral e solicitado exame de líquor para HTLV. No retorno, paciente traz resultado de líquor positivo para HTLV e queixa de piora da acuidade visual em AO. AV em OD: 20/40 e OE: 20/60 na melhor correção. FO: meios turvos, vitreíte 3+, sem edema de mácula. Foi prescrito injeção intra-vítrea de triancinolona em AO. Retorna após um mês com AV: 20/25 em AO, PIO de 16/13 mmHg e à fundoscopia, presença de leve impregnação vítrea, sem sinais de vitreíte e retina sem alterações.

Conclusão

Salvador é a cidade com maior prevalência de HTLV-1 no Brasil. Este vírus está ligado a diversas manifestações oculares e sistêmicas, incluindo uveíte intermediária. Portanto, é de suma importância investigar esta etiologia diante de uma uveíte de causa desconhecida.


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