Dados do Trabalho


Título

SINDROME DE TERSON APOS INFECÇAO POR COVID 19 – RELATO DE CASO

Objetivo

Este trabalho objetiva descrever o caso de um paciente que evoluiu com Síndrome de Terson (ST) após acidente vascular encefálico (AVE) em internação causada por COVID 19, enfatizando a importância do exame oftalmológico em casos de hemorragias cerebrais.

Relato do Caso

Paciente, 3 meses de vida, sexo masculino, previamente hígido, apresentou síndrome respiratória aguda grave por COVID 19 com necessidade de intubação orotraqueal em unidade de terapia intensiva (UTI) durante oito dias.
Evoluiu com crises convulsivas de difícil controle e AVE hemorrágico. Gradativamente, apresentou melhora do quadro respiratório e neurológico, recebendo alta em uso de anticonvulsivantes.
Familiares notaram que o bebê não seguia e nem acompanhava objetos. Em avaliação oftalmológica, constatou-se hemorragia vítrea (HV) bilateral com adoção de conduta expectante.
Aos 8 meses de vida, à fundoscopia persistência de HV 1+/4+ no olho direito (OD) e HV 3+/4+ no olho esquerdo (OE), sem descolamentos de retina. Mantido acompanhamento clínico do OD e realizado facoemulsificação sem implante de LIO e vitrectomia via pars plana com óleo de silicone no OE. Após cerca de um mês, no OE a retina manteve-se aplicada sem novos focos de hemorragia e no OD houve reabsorção completa do sangramento.
Não foi observado até o momento melhora da resposta a estímulos visuais na criança que segue em acompanhamento conjunto com a oftalmopediatria.

Conclusão

A ST atualmente é definida como qualquer hemorragia intraocular mediante um evento intracraniano agudo, tendo o sangramento localização pré-retiniana, retiniana, subhialoidea ou vítrea. Tem forte associação com hemorragia intracraniana traumática, sintomas neurológicos e alto risco de mortalidade.
Tem uma fisiopatologia controversa e o método diagnóstico padrão-ouro é a oftalmoscopia indireta, sendo o ultrassom ocular outro método diagnóstico com boa acurácia A grande maioria dos casos tem resolução da hemorragia com conduta expectante e poucos evoluem com necessidade de correção cirúrgica.

Área

Retina

Instituições

Hospital de Olhos de Aparecida de Goiânia - Goiás - Brasil

Autores

DÉBORA AMORIM DE BRITO, Kamylla Rodrigues Rocha, Bárbara Santos Rodrigues

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

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Organização

Organizadora

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