USO DE PROTESE DE IRIS NA REABILITAÇAO DE PACIENTE COM ANIRIDIA POS-TRAUMATICA: UM RELATO DE CASO
Relatar o uso de uma prótese de íris na reabilitação de paciente com aniridia pós-traumática.
Mulher, 66 anos, saudável, compareceu no hospital oftalmológico apresentando dor e baixa acuidade visual no olho direito (OD) após trauma contuso há algumas horas. Acuidade visual sem correção em olho direito (OD) era dos movimentos das mãos (MM) e 20/200 em olho esquerdo (OE). Pressão intraocular de 18mmHg em OD, 12 mmHg em OE e fundoscopia prejudicada apenas em OD. Na Biomicroscopia identificaram-se oito incisões radiais, edema corneano, hifema 30% e restante do exame prejudicado pela opacidade de meios. Após dois dias, observou-se córnea clara, Seidel central, câmara anterior formada com presença de coágulo, aniridia total, visualização da zônula, catarata e presença de hemorragia vítrea em OD. Uma semana após, o coágulo havia se extinguido e a aniridia total se apresentava. Foi traçado como opção terapêutica um dispositivo proteico de íris (DPI) da série Morcher 50E, os quais são implantes de polimetilmetacrilato (PMMA) de cor preta, que consiste em uma espinha dorsal de anel de tensão capsular e oito painéis oclusores com diâmetro externo de 10,6 mm, diâmetro interno de 3,5 mm. Os principais benefícios do uso desta categoria de DPI’s são a menor incisão corneana necessária para a inserção do implante e, portanto, o risco mínimo para procedimentos intraoperatórios e pós-operatórios. A paciente foi submetida a facoemulsificação, implante de prótese de íris, lentes intraoculares e vitrectomia anterior.
Sendo de grande importância, a reabilitação protética tem incentivado pesquisas e estudos destinados ao aprimoramento das técnicas de uso das próteses oculares. O dispositivo protético de íris (DPI) fornece reconstrução satisfatória do segmento anterior com um resultado funcional notável. Neste contexto, o DPI proporcionou benefícios à paciente, funcionando como uma modalidade de tratamento eficaz na abordagem dos defeitos da íris anatômica e funcionalmente.
Trauma/Urgências
Centro Universitário João Pessoa - Paraíba - Brasil
ARISSA CRISPIM MAXIMO DE LIMA, RENATA MAIA DE MEDEIROS FALCÃO, CAMILA MELO GADELHA PEREIRA DINIZ
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP