Dados do Trabalho


Título

PERDA VISUAL SUBITA: UM DIAGNOSTICO DIFERENCIAL

Objetivo

Relatar um caso de perda visual súbita bilateral atendido em pronto socorro oftalmológico do Hospital de Base do Distrito Federal

Relato do Caso

Paciente feminina, 43 anos, alfabetizada, portadora de bloqueio atrioventricular total em uso de marcapasso, com queixa de que há 02 dias, iniciou quadro de perda visual súbita bilateral, cefaleia intensa com aura visual e palpitação cardíaca. Negava episódios anteriores semelhantes. Ao exame, apresentava-se consciente, fácies e marcha atípica e sem déficit motor evidente. Ao exame oftalmológico, apresentava acuidade visual corrigida, num primeiro momento, de conta dedos a 5 metros em ambos olhos, além de biomicroscopia, fundoscopia e reflexos fotomotores normais em ambos olhos. Assim, aventou-se a possibilidade de acometimento isquêmico cerebral occiptal, simulação, distúrbio funcional e agnosia visual. Logo, a acuidade visual foi reavaliada com optotipos de Tumbling sendo 20/20 em OD e 20/25 em OE. Observou-se ainda, que a paciente não conseguia nomear objetos, como caneta e garrafa. A ressonância magnética de crânio evidenciou hipersinal T2/FLAIR corticossubcortical e com tênue restrição à difusão, acometendo pequenas porções do lóbulo parietal inferior direito, achados estes que sugerem lesão isquêmica. A paciente foi diagnosticada com agnosia visual e encaminhada à neurologia.

Conclusão

A agnosia visual é o prejuízo no reconhecimento de objetos e símbolos que não pode ser atribuído à perda visual ou a outros distúrbios mentais e de linguagem. Dentre as causas, existem as doenças neurológicas vasculares e degenerativas. Diferenciar perda visual de agnosia visual é de grande relevância para o oftalmologista devido as urgências neurológicas atendidas em consultas oftalmológicas. No caso apresentado, diagnosticou-se agnosia visual associada a AVCi em paciente de alto risco cardiovascular com queixa de perda visual. A investigação clínica criteriosa com realização de exame físico completo e radiológico auxiliam no reconhecimento desses diagnósticos diferenciais, melhorando prognósticos gerais e visuais.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Distrito Federal - Brasil

Autores

NATÁLIA QUEIROZ SOUZA DOS SANTOS, ARTHUR SARAIVA DE QUEIROZ, ARTHUR ANDRADE DO NASCIMENTO ROCHA

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

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Organização

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