Abordagem precoce de corpo estranho intraocular pós trauma aberto
Demonstrar a importância do tratamento precoce na abordagem do corpo estranho intraocular para um bom prognóstico visual.
Paciente, sexo masculino, 26 anos, deu entrada no Pronto Socorro, vítima de trauma ocular esquerdo. Na biomicroscopia de olho esquerdo (OE), foi verificado hiposfagma em região temporal às 10 horas com perfuração escleral de 1,5 milímetros com saída de vítreo. Além disso, a acuidade visual de entrada era movimento de mãos (MM). Realizada sutura escleral, o paciente evoluiu sem repercussões. Após a abordagem cirúrgica, foi solicitado Tomografia Computadorizada (TC) de crânio e órbita, na qual o laudo evidenciou uma imagem com densidade metálica medindo 0,5 centímetros em seu aspecto central, posterior ao cristalino. Optado por realizar facoemulsificaçao e vitrectomia posterior para retirada de CEIO. No intraoperatório identificou rotura inferior que foi bloqueada por laser. Apesar da gravidade e do prognóstico reservado do caso, o paciente evoluiu com recuperação da acuidade visual (20/20), cicatriz cirúrgica imperceptível e orientação de acompanhamento ambulatorial no serviço.
As lesões oculares traumáticas podem gerar grandes prejuízos para os pacientes, sendo uma avaliação meticulosa, acompanhamento rigoroso e intervenção precoce imprescindíveis para a resolutividade do caso. De acordo com a classificação de Birminghan Eye Trauma Terminology (BETT), o caso apresentado se enquadra como um trauma ocular aberto por laceração com CEIO. A TC foi de grande relevância para a identificação do corpo estranho, classificação do trauma e intervenção cirúrgica precoce, cuja a importância favoreceu a recuperação da acuidade visual de MM para 20/20.
Trauma/Urgências
Hospital Regional de Presidente Prudente - São Paulo - Brasil
JOY ERIN CHRISTIE KITAMURA, VINICIUS SILVEIRA SAVIO, FILIPE EMANUEL ROSA OZIO
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP