Título

CORIORRETINITE PLACOIDE POSTERIOR SIFILITICA - UM RELATO DE CASO

Objetivo

Demonstrar a necessidade do tratamento correto para os estágios mais avançados da sífilis, a fim de restaurar com sucesso os sintomas visuais, pois esse tipo de quadro muitas vezes recebe tratamento incorreto, o que pode levar a sequelas permanentes indesejadas e de tratamento acessível. Também instruir o oftalmologista a avaliar os achados possíveis nos exames complementares de rotina na avaliação da sífilis ocular, desde alterações comuns até sinais mais raros, lembrando que o fenótipo clínico da doença é variável com diversas alterações incomuns.

Relato do Caso

No caso apresentado ilustramos um quadro de uma paciente feminina que iniciou com baixa de acuidade visual progressiva em ambos os olhos há 30 dias e sensação de corpo estranho ocular. Realizou exames de rotina na unidade de atendimento onde evidenciaram uma sífilis em teste rápido positivo. Na ocasião trataram apenas como uma sífilis latente, com penicilina benzatina na dose protocolar. Porém a paciente persistiu com o quadro até ser referenciada ao ambulatório do serviço da FMABC no setor da retina, onde achados sugestivos de sífilis ocular somados a um quadro clinico compatível levou a equipe ao diagnóstico, em tempo para o tratamento correto e restituição da qualidade visual da paciente e satisfação da mesma.

Conclusão

Foi demonstrado a necessidade do cuidado e atenção a essa entidade que vem se tornando cada vez mais prevalente em nosso meio. Também pode-se concluir que o tratamento com penicilina cristalina instituído da maneira correta em contraste a outras opções de tratamento apresenta melhores desfechos e possibilita uma reabilitação visual satisfatória, com melhora dos parâmetros tomográficos e restauração das estruturas retinianas. Concluimos que os exames complementares vem cada vez mais ocupando um importante espaço no auxílio diagnóstico de doençãs diversas, pois possibilita evidenciar alterações sutis as quais, muitas vezes apenas com o exame clínico não são palpáveis, e hoje são indiscutivelmente um aliado importante na prática clínica.