Dados do Trabalho


Título

COROIDOPATIA LUPICA COM FLUIDO SUBRETINIANO INTERMITENTE COMPROVADO POR OCT

Objetivo

Relatar um caso sobre coroidopatia lúpica com fluido subretiniano.

Relato do Caso

Paciente feminina, 45 anos, parda, procedente de Jundiaí-SP, portadora de Artrite Reumatóide, Sd. De Sjogren e Lúpus Eritematoso Sistêmico, em uso de Azatioprina VO. Em seguimento oftalmológico por olho seco, com relato de alteração pigmentar macular em ambos os olhos (AO), em 2020. Em 2022 paciente foi encaminhada para avaliação de retina por queixa de metamorfopsia AO há 1 mês, e relatava piora de quadro de dor articular crônica. Ao exame: Acuidade Visual Com Correção (AVCC) 1,0 AO.Biomicroscopia (BIO) e Pressão intraocular (PIO) AO: nada digno de nota. Fundoscopia (FO): mácula com intensa mobilização de pigmento AO e área de hipopigmentação subretiniana OE. Demais sem alterações AO. Exame de tomografia de coerência óptica (OCT) macular: descolamento de retina neurossensorial no feixe papilo-macular, camadas externas espessadas em toda mácula, com pontos hiperrefletivos AO(Foto 1). Foi prescrito prednisona VO regressivo, e paciente reencaminhada ao reumatologista. Após 1 mês, retornou referindo melhora do quadro ocular e sistêmico, tendo sido otimizada a imunossupressão. Em novo OCT macular: melhora importante do edema seroso nasal AO, com fluido subretiniano residual(Foto 2). Após 8 meses paciente mantinha imunossupressão, negava queixas. Ao exame: sem novas alterações. OCT macular: atrofia de segmentos externos de fotorreceptores em região de feixe papilo-macular OD, em AO: irregularidades em segmentos externos de fotorreceptores e EPR; áreas de elevação rasa de EPR, foco de fluido subretiniano, espessamento importante da coroide(Foto 3). Foi aventada hipótese diagnóstica de coroidopatia lúpica, com fluido subretiniano intermitente, além de espessamento coroidal.

Conclusão

A coroidopatia é uma manifestação rara do lúpus, considerada um marcador de atividade da doença sistêmica. Além de lesão no EPR e vazamento de fluido para o espaço subretiniano, pode haver efusão ciliocoroidal. Ressalta-se a importância da avaliação de seguimento posterior desses pacientes.

Área

Retina

Instituições

Faculdade de Medicina de Jundiaí - São Paulo - Brasil

Autores

LUANA CORREIA RANGEL RODRIGUES, VICENTE HIDALGO RODRIGUES FERNANDES, TAISA BERTOCCO CARREGAL TOSCANO

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Agência Web

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