Detalhes


Título

EXSUDATOS ALGODONOSOS: MIGRANEA OU COVID-19?

Objetivo

O objetivo é relatar um caso de exsudato algodonoso relacionado a um quadro de migrânea, e descrever seu diagnóstico diferencial em contexto de pandemia de COVID-19, embasando-se em avaliação multimodal.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 34 anos de idade, apresentou-se no Hospital das Clínicas da FMUSP com queixa de escotoma central em OD com 7 dias de evolução. Referia antecedente de migrâneas com aura desde a adolescência, sendo o último episódio 15 dias antes da avaliação, associado a um quadro de COVID-19. Negava uso de álcool, tabaco ou drogas.
No exame oftalmológico, apresentava acuidade visual 20/20 em ambos os olhos, reflexos fotomotores direto e consensual preservados e motilidade ocular extrínseca sem limitações. A biomicroscopia anterior não exibia alterações e a fundoscopia revelou exsudato algodonoso em feixe papilo-macular de olho direito, sem outras lesões associadas – Figura 1A.
A paciente foi submetida a exame de tomografia de coerência óptica (OCT), que demonstrou região de hiperrefletividade ao nível da camada de fibras nervosas na topografia da lesão. Ao exame de angiografia por OCT, foi observada redução do fluxo vascular ao nível do plexo capilar superficial. – Figura 2.. No campo visual, observou-se escotoma cecocentral em olho direito, em localização compatível com a da lesão – Figura 3.
Foi optado por apenas acompanhar a paciente naquele momento. A paciente retornou 1 ano após, já assintomática, sem novas queixas. Ao exame, havia regressão completa da lesão (Figura 1B) e o campo visual não apresentava escotomas.

Conclusão

Já está estabelecido que episódios de migrânea podem levar ao surgimento de exsudatos algodonosos na camada de fibras nervosas da retina, provavelmente relacionadas ao vasoespasmo¹. Neste caso, contudo, houve simultaneamente um quadro de COVID-19. Nestes casos, também foram descritos diversos achados em segmento posterior, dentre eles, exsudatos algodonosos². Esta sobreposição de condições sistêmicas pode estar relacionada ao achado e dificulta o diagnóstico etiológico definitivo.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo - Brasil

Autores

LEANDRO BORTOLON BISSOLI, FABIO MARINHO GOMES, MARIA KIYOKO OYAMADA

Promotor

Realização - CBO

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