Detalhes


Título

SINDROME DE MILLER FISHER: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso de Síndrome de Miller Fisher após episódio de gastroenterite.

Relato do Caso

Paciente masculino, 19 anos, foi admitido em nosso serviço com queixa de diplopia, ataxia e fraqueza de extremidades há 15 dias, quadro iniciado 9 dias após episódio de gastroenterite. Ao exame oftalmológico, apresentava nistagmo evocado pelo olhar, discreta restrição do músculo reto medial em ambos os olhos (AO) e discreta ptose em olho direito (OD); fundoscopia dentro da normalidade em AO. Com a suspeita diagnóstica de Síndrome de Miller Fisher (SMF), o paciente foi encaminhado para punção de líquor com manometria, para afastar encefalite de Bickerstaff, doença de Wipple, botulismo e neuromielite óptica.
Após o exame de líquor, o paciente recebeu o diagnóstico de SMF pela neurologia e iniciou tratamento com imunoglobulina intravenosa (IVIG). A avaliação do líquor evidenciou proteinorraquia (64 mg/dL) e leucócitos elevados (12/mm3), bem como glicorraquia dentro da normalidade. O paciente retornou em nosso serviço após 1 mês, com melhora dos sintomas. O exame oftalmológico revelou acuidade visual corrigida (AVCC) de 20/20 e J1 AO, sem ptose e pupilas isocóricas e fotorreagentes. Ao exame de motricidade ocular extrínseca, apresentou esotropia de 30D em OD, discreta paresia do músculo reto-lateral em OD e convergência normal em AO. Fundoscopia normal em AO.

Conclusão

A SMF, variante da síndrome de Guillain-Barré (SGB), é caracterizada pela tríade: oftalmoplegia, ataxia e arreflexia. Na maioria dos casos, é precedida por infecção do trato respiratório ou gastrointestinal, o que contribui para a produção de anticorpos IgG anti-GQ1b através de reações imunológicas cruzadas contra a parede desses agentes.
IVIG e plasmaférese são os principais tratamentos recomendados para a SGB e suas variantes. Ensaios clínicos para o tratamento da SMF ainda não foram realizados, tendo em vista o caráter autolimitado de seu curso clínico. No entanto, um estudo retrospectivo mostrou melhora no quadro de ataxia e oftalmoplegia desses pacientes quando tratados com IVIG.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Paraná - Brasil

Autores

MARIANA MAYUMI ITIKAWA, RAFAEL SENFF GOMES, MARIO TERUO SATO

Promotor

Realização - CBO

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