Título

PRINCIPAIS CAUSAS DE EXENTERAÇAO ORBITARIA EM UM SERVIÇO DE REFERENCIA NO ESTADO DA BAHIA

Objetivo

Definir as principais causas que levam a indicação de exenteração orbitaria em um centro de referência.

Método

Foi realizado um estudo retrospectivo do tipo transversal e coletado os dados através de prontuário eletrônico, após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Fizeram parte do estudo os pacientes submetidos a cirurgia de exenteração orbitária realizadas no HUPES no período entre maio de 2010 e julho de 2021. Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, gênero, diagnóstico clínico, tempo até o diagnóstico, tratamentos prévios, data da cirurgia, técnica cirúrgica, método de reconstrução, resultado do exame anatomopatológico, origem do tumor e avaliação das margens cirúrgicas. Os pesquisadores obtiveram dispensa do TCLE e o projeto foi aprovado pelo CEP-HUPES. Todas as variáveis categóricas e numéricas foram armazenadas para processamento, análise descritiva e apresentação dos resultados em gráficos e tabelas.

Resultado

Foram selecionados 48 pacientes, sendo 62,5% do sexo masculino e 77,5% do sexo feminino, com idade média de 58,81. O tempo entre os sintomas e o diagnóstico variou, média de 14,67 meses. Os diagnósticos mais prevalentes foram os carcinomas espinocelular (58,3%) e o carcinoma basocelular (10,4%). A origem tumoral mais frequentes foram a conjuntiva (41,7%) e a pálpebra (22,9%). Dentre eles, 14,6% evoluíram com metástases, 8,3% foram para linfonodos e 6,3% para crânio. O diagnóstico histopatológico mais associados à evolução com doença metastática foi o CEC com pacientes 57,1% e o local de origem dos tumores mais associados a metástase foram as pálpebras com 28,6% pacientes.

Conclusão

As condições oncológicas que levam à indicação da exenteração orbitaria muitas vezes são passíveis de tratamento curativo quando diagnosticadas e tratadas em tempo hábil. Promovendo um impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes e nos gastos do sistema público de saúde. Estabelecer as principais causas e o perfil clínico epidemiológicos destes pacientes fornece informações importantes para o manejo e prevenção de exenteração da órbita.