Título

ANALISE DA DENSIDADE VASCULAR SUPERFICIAL DA AREA PERIPAPILAR UTILIZANDO A ANGIOGRAFIA POR TOMOGRAFIA DE COERENCIA OPTICA EM PACIENTES GLAUCOMATOSOS E NAO GLAUCOMATOSOS

Objetivo

Caracterizar a diferença da perda de densidade vascular da área peripapilar em pacientes não glaucomatosos e glaucomatosos submetidos ao exame de angiografia por Tomografia de Coerência Óptica (OCTa).

Método

Estudo transversal, realizado em uma clínica privada especializada em oftalmologia de Florianópolis/Santa Catarina. Fizeram parte do estudo 90 olhos de pacientes com idade entre 40 a 80 anos, numa proporção de 1:2 (30 não glaucomatosos para 60 glaucomatosos), através da busca em prontuários e resultados dos exames da OCTa, realizados de janeiro de 2019 a julho de 2020, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Os dados foram organizados no software Windows Excel e após analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Version 18.0. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade.

Resultado

Entre os 90 pacientes analisados, 60 eram glaucomatosos e 30 não glaucomatosos. Do grupo glaucomatoso 53,3% do sexo masculino e 46,7% do sexo feminino. Já no grupo controle 46,7% do sexo masculino e 53,3% do sexo feminino, com OR de 1,306, conferindo ser do sexo masculino um acréscimo de 1,3 vezes de se ter a doença (p 0,551). A idade média, nos glaucomatosos foi de 64,37 (± 10,7) anos e de 65,73(± 6,69) anos nos pacientes sem a doença. A densidade vascular da área peripapilar “whole image” foi significantemente menor em pacientes com glaucoma do que aqueles sem glaucoma (46,35 µm ± 6,11 µm vs. 54,19 µm ± 10,81µm, p < 0,001). E a espessura da camada de fibras nervosas da retina foi menor, também, em glaucomatosos em relação ao controle (70,71µm ± 16,16 µm vs 111,13 µm ± 9,57 µm, p <0,001).

Conclusão

Pacientes glaucomatosos possuem uma densidade vascular peripapilar menor quando submetidos ao OCTa (p < 0,001), assim como espessura da camada de fibras nervosas de retina quando submetidos ao OCT, estatisticamente menor (p <0,001), que os pacientes não glaucomatosos.