Código
RC137
Área Técnica
Patologia Externa
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro - Hospital da Gamboa
Autores
- MARIA JULIA FILGUEIRAS GRANATO (Interesse Comercial: NÃO)
- Evandro Gonçalves Gonçalves de Lucena Junior (Interesse Comercial: NÃO)
- Douglas Amin Chigane (Interesse Comercial: NÃO)
Título
Síndrome Oculoglandular de Parinaud por Esporotricose como Diagnóstico Diferencial de Tumor Órbito-conjuntival
Objetivo
Relatar três casos de Síndrome Oculoglandular de Parinaud encaminhados ao setor de oncologia ocular após suspeita de tumor orbitário.
Relato do Caso
Três pacientes, entre 40 e 60 anos, residentes no estado do Rio de Janeiro foram encaminhadas ao setor de oncologia ocular para avaliação de tumor órbito-conjuntival. Todas relataram histórico de contato com gatos. Ao exame, apresentavam lesões granulomatosas na conjuntiva bulbar e tarsal com extensão para fundo de saco e linfadenopatia pré-auricular ipsilateral às lesões, sugestivas da síndrome oculoglandular de Parinaud. Foi observado ainda inflamação conjuntival, edema palpebral moderado a importante e gânglios submandibulares e cervicais anteriores aumentados, alguns com certo grau de endurecimento. Em uma paciente houve associação com hiperemia ocular severa e secreção mucopurulenta. Realizado OCT de segmento anterior em todas, revelando lesão edematosa local acometendo epitélio e estroma conjuntival com áreas de granulomatose e múltiplos nódulos com sombreamento posterior. Em investigação etiológica, foram obtidas sorologias positivas para esporotricose, com titulações entre 4,0 e 5,2, sendo encaminhadas para infectologista e realizado tratamento com itraconazol oral.
Conclusão
Em todos os casos a síndrome oculoglandular de Parinaud foi diagnosticada com base na anamnese e exame clínico e na tomografia de coerência óptica. Os exames sorológicos foram fundamentais no diagnóstico etiológico para definição de conduta e tratamento. O tratamento com itraconazol oral mostrou-se eficaz na resolução dos sintomas e controle da infecção fúngica. Esses casos ressaltam a importância do diagnóstico precoce e do manejo adequado da esporotricose.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP