Código
TL06
Área Técnica
Estrabismo
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital de Olhos do Paraná
Autores
- HELOISA COSTA PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- Anna Luiza Valente Souza Mello (Interesse Comercial: NÃO)
- Izabel Cristina Oliveira Miranda (Interesse Comercial: NÃO)
- Letícia Amanda Loureiro Silva (Interesse Comercial: NÃO)
- Mariana Dias Troiani (Interesse Comercial: NÃO)
- Laura Berger Leal (Interesse Comercial: NÃO)
- Luiza Moreira Hopker (Interesse Comercial: NÃO)
Título
Análise de Fatores que Influenciam os Resultados da Cirurgia de Estrabismo para Esotropia em Crianças de 2017-2024
Objetivo
Identificar os fatores que influenciam a eficácia da cirurgia de estrabismo para esotropia em crianças de 02-18 anos no período de 2017-2024.
Método
Estudo retrospectivo com análise de 196 prontuários de pacientes do Hospital de Olhos do Paraná que passaram por cirurgia de estrabismo para correção de esotropia pela oftalmologista (LMH) de 2017-2024. Os fatores avaliados foram: taxa de sucesso (desvio <=10DP), idade, gênero, plano de saúde (SUS vs. privado), ambliopia, estrabismo vertical associado ,técnica cirúrgica (incisão fórnice vs. limbar) e média do desvio pré-operatório. Foram aplicados testes estatísticos de T student, Mann-whitney de acordo com o tipo de distribuição e o teste do Qui-quadrado para associação de variáveis.
Resultado
Na análise comparativa entre pacientes do SUS (n=18) e privados (n=178) a taxa de sucesso foi maior nos pacientes privados vs SUS (75.8% vs. 38.9%, p = 0.001). Os pacientes SUS apresentaram média de desvio pré-operatório maiores (35.1DP vs. 28.1DP, p = 0.0438) e foram submetidos a cirurgias em idades mais avançadas ( média 12.3 anos vs. 9.35 anos, p 0.00363) . Não houve diferença estatística em relação a diagnósticos secundários, classificação do tipo de esotropia e presença de ambliopia. Outros fatores, como tamanho do desvio no pré operatório, sexo, idade e técnica de incisão conjuntival, não influenciaram significativamente na taxa de sucesso cirúrgico na amostra total dos pacientes.
Conclusão
Neste estudo fatores como ambliopia, presença associada de estrabismo vertical, idade e média de desvio pré operatório não interferiram no sucesso cirúrgico. Apesar de o tamanho dos grupos de pacientes serem desiguais, é importante ressaltar a diferença de sucesso cirúrgico entre os pacientes privados vs SUS. Este estudo mostra a eficácia da cirurgia de estrabismo para esotropia em crianças e os fatores que podem influenciar seu resultado, sendo o primeiro a comparar o sucesso da intervenção cirúrgica entre pacientes do SUS vs. particular no Brasil.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP