Sessão de Relato de Caso


Código

RC161

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto de Olhos Ciências Médicas
  • Secundaria: Pós Graduação Ciências Médicas - PGCM-MG

Autores

  • ANDRÉ LUIZ DORNELAS MARQUES JUNIOR (Interesse Comercial: NÃO)
  • RAFAELA MALAGOLI DOS SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUCIANA ARMOND GOUVÊA FERREIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

HEMANGIOMA RACEMOSO DE RETINA: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Objetivo: Relatar um caso com Hemangioma racemoso de retina, uma condição congênita rara, geralmente unilateral, na qual existe uma comunicação direta entre veia e artéria sem um leito capilar entre eles.

Relato do Caso

Relato: Paciente feminina, 17 anos, que comparece ao serviço para avaliação dos setores de estrabismo e retina, relatando olho direito (OD) “preguiçoso” e uso de tampão na infância. Refere piora progressiva da acuidade visual do OD evoluindo para acuidade visual de percepção luminosa (PL) em 2019. Nega cirurgias oftalmológicas ou traumas oculares e nega comorbidades sistêmicas. Ao exame, a acuidade visual com correção (AVCC) era PL em OD e 20/20 no olho esquerdo (OE), à biomicroscopia apresentava exotropia (XT), sem outros achados. Ao examinar o fundo do olho (FO) foi encontrado aumento da tortuosidade vascular e vascularização da mácula em OD e exame dentro da normalidade em OE. Foi então solicitada angiografia (AGF) e o paciente encaminhado ao departamento de retina para acompanhamento. A AGF mostrou na fase venosa-tardia: Hiperfluorecência em dilatações de grandes vasos com aumento da tortuosidade vascular e comunicações arteriovenosas dispostas difusamente na vascularização retiniana de OD, corroborando assim para a hipótese diagnóstico de Hemangioma Racemoso de retina em OD.

Conclusão

Conclusão: Os achados vasculares das lesões racemosas, podem ser desde de comunicações arteriovenosas assintomáticas até lesões mais expansivas que formam massas vasculares, que podem restringir-se a retina ou envolver também nervo óptico, quiasma e trato óptico. Em 30% dos pacientes com doença ocular são encontradas também alterações no sistema nervoso central. Essas comunicações vasculares foram divididas em 3 grupos de acordo com a classificação de Archer, sendo que a paciente se enquadra no grupo 3, caracterizado por extensas malformações arteriovenosas com vasos tortuosos e sem distinção entre veia e artéria. Nos casos que se enquadram no grupo 3 há grande chance de perda de visão pela gravidade das alterações encontradas.

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