Código
GR03
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: ESCOLA CEARENSE DE OFTALMOLOGIA
Autores
- BEATRIZ DE SA MOTA (Interesse Comercial: NÃO)
- ABRAHAO DA ROCHA LUCENA (Interesse Comercial: NÃO)
- MARIE CRUZ GARON (Interesse Comercial: NÃO)
Título
NOVA FORMULA PARA CALCULO BIOMETRICO APOS CIRURGIA REFRATIVA A LASER PARA MIOPIA
Objetivo
Relatar um caso de resultado biométrico em paciente submetido anteriormente à cirurgia refrativa para correção de miopia a LASER, discutindo opções de fórmulas para escolha da lente intraocular (LIO).
Relato do Caso
Paciente, 58 anos, sexo masculino, com história de miopia tendo sido submetido a cirurgia refrativa a LASER. Nos cinco anos posteriores, o paciente apresentou decréscimo da acuidade visual de 20/20 para 20/40 e evolução da miopia atingindo -9,00 dioptria (D) esférica, sendo detectada posteriormente catarata nuclear em olho esquerdo (OE). Após avaliação com microscopia especular, que estava dentro dos padrões para a idade, e topografia corneana exibindo aplanamento central e aberração esférica positiva acima da média (0,950µm), optou-se pela facectomia com implante de LIO. A biometria óptica foi realizada utilizando a fórmula de Barrett True K, admitindo-se um target refracional de -1,00 EE (equivalente esférico), tendo resultado compatível com uma LIO Eyhance +15,5D. Observou-se ainda que para fórmula Shammas PL (pós-LASIK) o Target refracional era similar, de +15,0D. Em fase de testes, a fórmula Lucena para cirurgia refrativa para miopia foi também utilizada, sendo indicada, para um Target de aproximadamente -1,00, uma lente de +13,5D. Optou-se pelo uso da fórmula de Barrett True K para miopia e a cirurgia foi realizada sem intercorrências. No 1 ̊ DPO paciente com refração de -1,00 -2,00 a 100˚(EE -2,00). No 30° DPO apresentou -2,50 -1,00 a 105 (EE de -3,00).
Conclusão
A cirurgia foi realizada considerando fórmulas tradicionais para o cálculo de lente em córneas submetidas a cirurgia refrativa a LASER para miopia, porém o paciente desenvolveu EE indesejado no pós-operatório. Se o implante fosse feito com a LIO +13,5 pela fórmula de Lucena para o mesmo EE de -1,00, o resultado seria um EE -1,60, considerando que há uma alteração refracional de 0,35 em EE para cada 0,50 de modificação no poder da LIO. Desta forma, conclui-se que a fórmula Lucena se demonstra promissora como uma opção mais fidedigna em situações como a reportada.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP