Código
RC021
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Altino Ventura (FAV)
Autores
- JOSE FLAVIO MARTINS PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA CECILIA CARVALHO TORRES (Interesse Comercial: NÃO)
- NATALIA REGNIS LEITE RAMALHO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RESULTADO VISUAL DE UMA PACIENTE COM REATIVAÇAO HERPETICA NO ACOMPANHAMENTO DE TRANSPLANTE CORNEANO - RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever o caso de uma paciente com um quadro de reativação de ceratite herpética no pós-operatório de Descemet's Stripping Endothelial Keratoplasty (DSEK) para cirurgia corneana, mas que evoluiu com boa acuidade visual final (AVF).
Relato do Caso
Paciente do sexo feminino, 61 anos, acompanhada na FAV devido à baixa da acuidade visual(AV), iniciada em 2016, e córnea Guttata em olho esquerdo (OE) secundária à Distrofia de Fuchs. Relato de ceratite herpética tratada em 2013. Apresentava AV com correção (c/c) de 20/20 em olho direito (OD) e 20/70 em OE. Microscopia especular apresentava áreas de perda de células endoteliais em OD e córnea descompensada em OE. Na Tomografia de coerência óptica (OCT) de córnea, alteração endotelial em OE. Paciente perdeu seguimento, e retornou em dezembro/2021 com AV para longe (AVL) c/c em OE de 20/150. Diante dos diagnósticos de córnea descompensada e catarata nuclear, optou-se por cirurgia tríplice em OE: Facoemulsificação com Implante de Lente intraocular (FACO + LIO) e DSEK. Realizou-se FACO + LIO, em abril/2022, porém, devido pupila midriática, a DSEK foi realizada 48 horas após, já com preparo de lamela feito durante a primeira cirurgia. No pós-operatório, a paciente evolui com ceratite herpética no olho transplantado, iniciado tratamento com aciclovir via oral e profilaxia por um ano com a mesma medicação. A lamela posterior evoluiu sem rejeição e AVL c/c em OE de 20/40. Na reavaliação com OCT de córnea, a paciente apresentou lamela bem adaptada. Desse modo, foi orientado consultas periódicas
Conclusão
Presença de ceratite, bem como infecções, são fatores que contribuem para a falha terapêutica nos transplantes corneanos. Desse modo, evoluindo para falência e piora da AV desses pacientes. Contudo, no caso apresentado à paciente mesmo após quadro infeccioso no pós-cirúrgico evoluiu com boa. AVF e sem sinais de insucesso da lamela transplantada.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP