Sessão de Relato de Caso


Código

RC043

Área Técnica

Estrabismo

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Oftalmológico Visão Laser

Autores

  • Alan Kubacki Camargo (Interesse Comercial: NÃO)
  • Marcello Novoa Colombo Barboza (Interesse Comercial: NÃO)
  • Caio Amadeo Silva Moreira (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CORREÇAO DE EXOTROPIA SECUNDARIA A PARALISIA DO NERVO OCULOMOTOR APOS RESSECÇAO DE ADENOMA DE HIPOFISE

Objetivo

Relatar um caso de estrabismo por paralisia bilateral incompleta de terceiro par craniano ocorrida após ressecção de adenoma hipofisário.

Relato do Caso

Feminina, 28 anos, apresentou paralisia bilateral de oculomotor há dois anos, após exérese de adenoma hipofisário, manifestando estrabismo divergente constante no olho esquerdo (OE). AVsc de 20/20 e 20/40. Biomicroscopia, fundoscopia, posicionamento palpebral e função pupilar sem alterações. O teste de Cover-uncover revelou exotropia (XT) em OE de 45 Dioptrias Prismáticas (DP) quando fixando com o olho direito (OD) e de 60 DP quando fixando com OE. Apresentava hipofunção à levoversão e abdução com OE. Ao fixar com OD, manifestava XT 60 DP com hipertropia (HT) de 12 DP em dextroversão; XT 45 DP com HT 12 DP em posição primária de olhar (PPO) e; XT 20 DP HT 12 DP em levoversão (Figura 1). Realizou-se cirurgia para correção do estrabismo, por meio de técnica de transposição do músculo reto medial e ressecção de 6mm, associado a recuo de 8mm do músculo reto medial. Pós-operatório de 60 dias evidenciou XT 10 DP, melhora estética e do desvio vertical. Limitação do músculo obliquo inferior (-4) de AO, limitação do retor superior (-3) em OD e limitação do reto medial (-2) e reto superior (-4) em OE (Figura 2). Após 3 meses de acompanhamento não foram observadas complicações relativas ao procedimento, houve preservação da função visual e alcançou-se satisfação estética da paciente.

Conclusão

O estrabismo secundário à paralisia do III par, frequentemente observado após procedimento neurocirúrgico para exérese de adenoma de hipófise, demanda tratamento complexo e desafiador, no qual são associadas diferentes técnicas para sua correção por meio de reposicionamento da musculatura extraocular que, entretanto, podem ter como resultado a hipocorreção. Apesar do acompanhamento ter sido feito por apenas 3 meses, recorrências à longo prazo são possíveis.

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