Código
RC143
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Faculdade de Medicina da Fundação Universidade do ABC
Autores
- JAQUELINE AZEVEDO LEAO (Interesse Comercial: NÃO)
- GABRIEL AGUIAR DOS SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
- PAULA ELINDA IGNACIO GOMES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
COLOBOMA DE DISCO OPTICO BILATERAL: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar caso de coloboma de disco óptico bilateral, em paciente jovem, com baixa de acuidade visual unilateral
Relato do Caso
Paciente masculino, 7 anos, genitor refere baixa acuidade visual (BAV) desde o nascimento em olho direito, com história de alteração de reflexo vermelho em teste do olhinho ao nascimento. Nega antecedentes familiares oftalmológicos. Nega antecedentes patológicos pessoais. Nega intercorrências na gestação. Paciente perdeu seguimento e retorna para avaliação em serviço oftalmológico especializado. A acuidade visual (AV) sem correção em olho direito (OD) era 20/400 sem melhora com correção, em olho esquerdo (OE) era 20/20. A pressão intraocular (PIO) em OD era 15 mmHg e em OE era 16 mmHg. Foi avaliada através da tonometria de Goldmann. Na biomicroscopia não foram vistas alterações em ambos os olhos. Na fundoscopia foi observado coloboma de disco óptico de ambos os olhos, com acometimento de retina peripapilar em olho direito e de polo posterior englobando região macular em olho esquerdo.
Conclusão
O coloboma de disco óptico é uma anomalia que ocorre por falha de fechamento da fissura óptica, defeito na embriogênese, que pode causar malformação de diversas estruturas oculares- isoladas ou concomitantes. Geralmente é bilateral e se manifesta na infância, porém não está relacionado a intercorrências gestacionais ou história familiar. Pode estar relacionado a outras doenças oculares, como catarata, subluxação de cristalino, estrabismo e microftalmia. A acuidade visual é variável, podendo ser normal ou até evoluir para cegueira. Contudo, o prognóstico visual é ruim na maioria dos casos. Uma das principais complicações é o descolamento de retina (DR). Por isso, é fundamental o acompanhamento regular desses pacientes. Em geral, o tratamento cirúrgico não tem resultados satisfatórios e deve ser reservado para os casos em que há DR com causa sabidamente conhecida. Portanto, esses paciente devem ser acompanhados periodicamente, orientados e assistidos para melhor acuidade visual ou adaptação em casos de visão subnormal.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP