Sessão de Relato de Caso


Código

RC121

Área Técnica

Oncologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal do Pará (UFPA)

Autores

  • Camilla Castilho Maia (Interesse Comercial: NÃO)
  • Bruno Eduardo da Silva Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CARCINOMA ESPINOCELULAR DE CONJUNTIVA COM EVOLUÇAO PARA ENUCLEAÇAO: RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso de carcinoma espinocelular de conjuntiva com evolução para enucleação atendido em hospital de referência do estado do Pará.

Relato do Caso

Paciente masculino, 51 anos, deu entrada em hospital com queixa de lesão em olho direito (OD) há 4 meses de rápido crescimento e sem tratamentos prévios . Ao exame foi constatado Acuidade Visual (AV) de vultos em OD, biomicroscopia (BIO) apresentando lesão vegetante em conjuntiva com extensão para córnea e câmara anterior (CA), reação de CA 4+/4 e precipitados ceráticos. Sendo a fundoscopia ocular (FO) impraticável. Desta forma, foi solicitado ultrassonografia (USG) de globo ocular e tomografia computadorizada (TC) de órbita. Após 10 dias retornou para reavaliação apresentando invasão total da CA, TC evidenciando espessamento da porção ântero-medial do globo ocular a direita, de 0,7 cm de espessura, deslocando o cristalino posteriormente e USG demonstrando CA integra e processo inflamatório e/ou hemorrágico. Foi realizada biópsia de 3 fragmentos com resultado do histopatológico de carcinoma de células escamosas moderadamente diferenciado, invasivo e ulcerado. Após o resultado optou-se por enucleação de OD. Paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório.

Conclusão

O Carcinoma Espinocelular de Conjuntiva (CEC) é a neoplasia maligna mais comum que apresenta potencial metastático devido ao poder de penetração a membrana basal da córnea, e de etiologia múltipla, como radiação ultravioleta, idade avançada, entre outras. A lesão é invasiva às estruturas adjacentes, porém com baixo potencial de metástase. Caso a invasão leve a alterações glaucomatosas com pressão intraocular sem controle pode ser necessária a realização de enucleação. A solicitação de tomografia de coerência óptica, UBM e microscopia confocal podem auxiliar na decisão terapêutica. O tratamento é baseado em remoção cirúrgica e/ou tratamento adjuvante com quimioterápicos tópicos, radioterapia e crioterapia. Sendo imprescindível avaliação de tamanho, características clínicas, presença de vascularização e de invasão intraocular ou intraorbitária.

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