Código
RC099
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Oftalmológico Visão Laser
Autores
- CAMYLA LEMOS BUDIB (Interesse Comercial: NÃO)
- MARCELLO NOVOA COLOMBO BARBOZA (Interesse Comercial: NÃO)
- ADRIANA GEREMIAS TONI MILANEZ (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PILOMATRIXOMA PALPEBRAL: RELATO DE CASO DE RARO TUMOR BENIGNO
Objetivo
Pilomatrixoma é um tumor benigno de anexos cutâneos, extremamente raro, derivado de células basais da epiderme. Representa cerca de 1% dos tumores benignos de pele. O objetivo deste trabalho consiste em relatar o caso de paciente que, aos 39 anos de idade, apresentou tumoração palpebral compatível com polimatrixoma, com confirmação ao anatomopatológico
Relato do Caso
Paciente, sexo masculino, 39 anos, hipertenso, informa aparecimento de nódulo em pálpebra superior esquerda, há 1 mês, de crescimento progressivo, rápido e indolor. Ao exame oftalmológico, acuidade visual melhor corrigida em olho direito (OD): 20/20 e em olho esquerdo (OE): 20/25. A biomicroscopia revelou nódulo em região palpebral superior à esquerda, que à palpação apresentava-se com consistência endurecida, móvel, sem sinais flogísticos locais. Optou-se pela exérese do nódulo palpebral com margem e análise anatomopatológica. Procedeu-se à ressecção da lesão, sem intercorrências. A biópsia do tumor evidenciou: neoplasia de células basaloides monomórficas e agregados com queratinização eosinofílica formando “células fantasmas”. Sendo a conclusão: um painel imuno-histoquímico associado aos aspectos histológicos de pilomatrixoma. Paciente apresentou evolução satisfatória no pós-operatório imediato, com cicatriz cirúrgica em pálpebra superior esquerda com bom aspecto, leve edema, pontos fixos e bem coaptados. Mantidos os cuidados pós-operatórios e acompanhamento.
Conclusão
O pilomatrixoma possui características que podem sugerir o diagnóstico, como a maior incidência em jovens e crescimento relativamente rápido, com apresentação clínica semelhante à do caso relatado. Mesmo frente à possível dificuldade inicial para o diagnóstico, devido à sua raridade, o aspecto à histopatologia é característico e confirmatório, como no caso exposto. Métodos de imagem, normalmente, não são utilizados. Pode haver degeneração maligna, sendo denominado de carcinoma pilomatrixial. O tratamento apropriado é cirúrgico e possibilita a resolução do quadro, sendo indicado acompanhamento periódico.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP