Código
RC197
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Regional de São José
Autores
- IARA MEDEIROS DE SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
- VALÉRI PEREIRA CAMARGO (Interesse Comercial: NÃO)
- SERGIO BRILLINGER NOVELLO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RETINOBLASTOMA BILATERAL EM UMA CRIANÇA DE 2 ANOS
Objetivo
Retinoblastoma é um tumor ocular raro, representando 3% dos cânceres infantis. Cerca de 60 a 75% desses casos acometem apenas um dos olhos, assim, é bastante incomum a presença bilateral desse tumor. Geralmente esse casos mais complexos são de origem genética, se associando a mutação do gene RB1. Esse trabalho objetiva descrever o caso de uma criança com retinoblastoma bilateral, que foi atendida na emergência de oftalmologia de um hospital de Santa Catarina, da suspeita diagnóstica até tratamento em centro de referência.
Relato do Caso
Paciente M.M.B., 2 anos, cuja mãe referiu notar há um mês alteração de reflexo ocular em ambos os olhos. Criança sem doenças prévias, mãe referiu que durante período gestacional teve colestase e Diabetes gestacional controlado com medicação, sem outras patologias. Nega quadros familiares de doenças oculares. Apresentou reflexo vermelho ausente em Olho direito e alterado em Olho esquerdo. Com relação a acuidade visual, criança conseguia fixar e seguir imagem com Olho direito, e menor fixação com Olho esquerdo. Ao mapeamento de retina, lesão elevada volumosa de aspecto esbranquiçado inferior de olho direito e lesão elevada inferior, nasal e temporal com descolamento de retina exsudativo associado e acometendo mácula de olho esquerdo. Ultrassonografia ocular, com ambos os olhos apresentando volumosa lesão em massa inferior e em polo posterior, com múltiplos pontos de calcificação interiores, descolamento de retina inferior e em polo posterior, ecos vítreos de baixa ecogenicidade móveis. Como diagnóstico de retinoplastoma binocular, paciente encaminhado para centro de referência GRAAC, visto a ter acesso a realização de exames, tratamento e acompanhamento.
Conclusão
O retinoblastoma bilateral é bastante incomum, por isso o diagnóstico precoce pode gerar um acesso breve aos centros de referências e tratamentos que sejam capazes de buscar manter a anatomia ocular e preservar a visão. O atraso no diagnóstico ou a falta de acesso médico especializado podem gerar complicações da evolução inclusive com metástase e óbito da criança
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP