Código
P61
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital da Fundação Banco de Olhos de Goiás
Autores
- CARLOS ANTONIO ROSA FILHO (Interesse Comercial: NÃO)
- HUGO SOARES DE ARAÚJO PEREIRA FARIAS (Interesse Comercial: NÃO)
- RODRIGO MACIOCA MORATO (Interesse Comercial: NÃO)
- LUCIANA BARBOSA CARNEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SÉRIE DE 15 CASOS DA SÍNDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA
Objetivo
Correlacionar registros de 15 pacientes com diagnóstico de Vogt-Koyanagi-Harada para comparar as características entre eles e entre os dados encontrados na literatura.
Método
Foi realizado um estudo retrospectivo por meio dos prontuários do ambulatório de Uveites da Fundação Banco de Olhos de Goiás em que foram selecionados 15 pacientes atendidos no período de 2013 a 2023. Critérios de inclusão: acompanhamento regular no ambulatório assim como preenchimento de todos critérios analisados. Como critério de exclusão, a falta de algum critério de inclusão.
Resultado
Dentre os 15 pacientes, 10 (66%) eram do sexo feminino e 5 (33%) do sexo masculino. A faixa etária predominante ao diagnóstico era de 41-50 anos (46%). Houve 1 (6,6%) registro de psoríase associada, 1 (6,6%) caso com sintomas iniciados após 1 mês de diagnóstico de COVID-19 e 1 (6,6%) paciente com história de Guillain-Barré. Dentre os principais achados no exame físico oftalmológico, foi visto descolamento seroso de retina em 14 (46,6%) olhos e fundo em pôr do sol em 17 (56,6%) olhos. Foram registradas queixas de zumbido em 7 (46,6%) pacientes. Outros sinais e sintomas como otalgia, hipoacusia, poliose, vitiligo e alopecia foram registrados apenas 1 (6,66%) vez cada.
Conclusão
O estudo encontrou correspondência com a literatura em relação a predominância de 2:1 no sexo feminino e a idade média ao diagnóstico foi de 42 anos. Observou-se que 40% dos pacientes evoluíram com acuidade visual melhor que 20/40 e 23,33% apresentaram cegueira legal ao final do estudo. Houve 3 (20%) pacientes que iniciaram o tratamento já na primeira consulta e apresentaram acuidade visual final melhor que 20/40. De maneira oposta, 3 (20%) pacientes com tratamento iniciado dentro do primeiro mês após a primeira consulta, evoluíram com visão de 20/400 ou pior, visto que a acuidade visual à primeira consulta já era comprometida. Desta maneira, é visto que há indícios que o tratamento precoce pode ser um fator determinante no prognóstico, contudo, novos estudos são necessários para definir esta relação.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP