Código
RC318
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Santa Casa de Misericórdia de Santos
Autores
- CAROLINA BRITO DE ALMEIDA (Interesse Comercial: NÃO)
- GILSON DE SANTANA MENEZES JUNIOR (Interesse Comercial: NÃO)
- LUCAS BRANDÃO DAMASCENO GÓES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SINDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA TRATADA COM PULSOTERAPIA: UM RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever caso clínico e tratamento de paciente sexo masculino com acometimento multisistêmico pela síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada (VKH).
Relato do Caso
Paciente previamente hígido, masculino, 22 anos, masculino, comparece ao serviço de urgência oftalmológica queixando de hiperemia ocular, redução de acuidade visual (AV) em ambos os olhos, zumbido e cefaleia há 1 mês, nega alterações em fâneros. Ao exame oftalmológico identificado AV sem correção: movimento de mãos em ambos os olhos, biomicroscopia de ambos os olhos: reação câmara anterior 3+, precipitados ceráticos (PKs) não granulomatosos, pupilas não fotorreativas. Fundoscopia de ambos os olhos: edema de papila, descolamento seroso em polo posterior com acometimento foveal. Paciente internado para investigação, sorologias negativas, líquor sem alterações, RM de órbitas com alteração de sinal do humor vítreo bilateral, TC de tórax sem alterações, USG: descolamento de retina com líquido sub-retiniano bilateral. Iniciado pulsoterapia com Metilprednisolona, alta com prednisona 1mg/kg via oral evoluindo com melhora clínica importante com AV com correção: 20/25 | 20/25, após 4 meses apresentou recidiva do quadro com AV 20/100 | conta dedos a 2 metros, sendo então iniciada imunossupressão com Azatioprina 50mg 8/8h evoluindo com AV: 20/20 | 20/30 parcial.
Conclusão
Sendo a Síndrome de VKH uma enfermidade rara, de provável etiologia autoimune, frequentemente associada ao alelo HLA DRB1*0405, que atinge os tecidos que contêm melanócitos promovendo reação inflamatória com predomínio de linfócitos T, pode, de forma crônica gerar acometimento dos olhos, sistema nervoso central, orelha interna e pele, com sequelas irreversíveis. Então, desenvolver um tratamento pautado de forma longitudinal e multidisciplinar com outras especialidades médicas a fim de um bom tratamento e manter a qualidade de vida do paciente.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801