Código
GR04
Área Técnica
Doenças Sistêmicas
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HUPES-UFBA
Autores
- MARLOS HENRIQUE SOUSA DE OLIVEIRA JUNIOR (Interesse Comercial: NÃO)
- PEDRO FERNANDES NETO (Interesse Comercial: NÃO)
- Eduardo Marback Ferrari (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ENDOFTALMITE ENDOGENA SECUNDARIA A ABSCESSO HEPATICO
Objetivo
Relatar caso de endoftalmite endógena em paciente com diagnóstico de abscesso hepático.
Relato do Caso
Paciente do sexo masculino, 65 anos, hipertenso e diabético, admitido com queixa de dor em hipocôndrio direito, febre e icterícia há cerca de 15 dias. Associado ao quadro referia hiperemia, dor, fotofobia e baixa acuidade visual em olho direito, pior nos últimos cinco dias. Negava queixas em olho esquerdo. Em avaliação oftalmológica, paciente apresentava acuidade visual de olho direito de percepção luminosa e em olho esquerdo de 20/20 sem correção. À biomicroscopia anterior de olho direito foi observado um olho com hiperemia +3, córnea com opacidade difusa, pior em região central, edema de córnea +2, câmara anterior rasa, íris trófica, média midríase e fácico. Olho esquerdo sem alterações a biomicroscopia. Pressão intra-ocular de olho direito de 50mmhg e de olho esquerdo de 12mmhg. Fundoscopia de olho direito impraticável devido a turvação de meios e em olho esquerdo sem alterações. Paciente foi submetido a tomografia de abdômen e USG ocular para esclarecimento diagnóstico. Paciente evoluiu com piora da acuidade visual, ausência de percepção luminosa e dor refrataria a analgesia. Optado por realização de enucleação em olho direito. Realizou seguimento com equipe de terapia intensiva do serviço, evoluindo posteriormente à óbito após 16 dias de internamento devido a piora do quadro sistêmico.
Conclusão
A endoftalmite endógena caracteriza-se por ser uma doença rara e com prognóstico visual reservado, principalmente se diagnosticado tardiamente. Em pacientes com diagnóstico de abscesso hepático associado a um quadro sugestivo de endoftalmite, a terapêutica com cobertura para os patógenos de maior prevalência, como a Klebsiella pneumoniae, é de fundamental importância para evitar complicações visuais graves.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801