Sessão de Relato de Caso


Código

GR18

Área Técnica

Trauma/Urgências

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Clihon - Hospital de Olhos de Feira de Santana

Autores

  • MARINA COUTINHO COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Hermelino Lopes De Oliveira Neto (Interesse Comercial: NÃO)
  • Paula Morellato Bravo (Interesse Comercial: NÃO)

Título

Corpo Estranho em Corpo Ciliar: Um Relato de Caso

Objetivo

Apresentar um caso de corpo estranho intraocular metálico em corpo ciliar, enfatizando o diagnóstico e tratamento

Relato do Caso

Paciente C.H.C., 50 anos, compareceu ao serviço de urgência com queixa de turvação visual e dor em Olho Esquerdo há 04 dias, após trauma do globo ocular ao manusear instrumentos de trabalho. Atendido em outro serviço, prescrito Maxitrol 6/6 horas, sem melhora dos sintomas. Traz Hemograma apresentando leucocitose 24.500 com desvio. Ao exame oftalmológico verificou-se acuidade visual com correção em Olho Direito (OD) 20/25 e OE movimentos de mãos. À biomicroscopia do OD sem alterações; no OE apresentava hiperemia conjuntival (+3/+4), córnea com edema estromal, sem seidel, câmara intermediária com presença de hipópio inferior (+1/+4). O cristalino já apresentava catarata branca, sendo a fundoscopia impraticável. A ultrassonografia do OE evidenciou olho fácico com achados sugestivos de processo inflamatório e hemorrágico agudo, sem imagens compatíveis com rotura periférica ou descolamento de retina e não foi visualizado CE. Para elucidar suspeita diagnóstica foi solicitado Tomografia Computadorizada de Órbitas (TC) que demonstrou presença de CE no segmento anterior. Após o diagnóstico, o paciente foi encaminhado para Facectomia, Vitrectomia Via Pars Plana e remoção do CE. O procedimento cirúrgico não apresentou intercorrências, tendo sido retirado a partícula metálica, de aproximadamente 2mm, aderida ao corpo ciliar, extraído o cristalino e devido presença de processo infeccioso optado por manter paciente afácico. Simultaneamente foi realizado tratamento clínico para endoftalmite.

Conclusão

A presença de corpos estranhos deve ser sempre investigada quando há trauma direto na cavidade orbitária. A presença de CEIO em topografia de corpo ciliar correspondem a 4,5% dos casos. Assim, o exame clínico e a propedêutica com exames de imagens são essenciais para identificação e localização. Neste relato conclui-se que a TC de órbita foi imprescindível, já que a ultrassonografia não foi capaz de evidenciar o CE no corpo ciliar.

Promotor

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