Sessão de Relato de Caso


Código

RC117

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)

Autores

  • WILLIAM MACEDO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Nathaly Tabanez Bonaci (Interesse Comercial: NÃO)
  • Marcia Prado Minhoto Teixeira Rodrigues (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PUPILA TONICA DECORRENTE DE EXCISAO DE LESAO INTRACONAL

Objetivo

A Pupila Tônica ocorre devido a desnervação do suprimento parassimpático pós-ganglionar ao esfíncter da pupila e ao músculo ciliar. Acomete geralmente mulheres jovens, com quadro mais frequente de midríase unilateral e reflexo fotomotor ausente ou muito reduzido. O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de Pupila Tônica decorrente de lesão de gânglio ciliar pós excisão de nódulo intraconal à esquerda.

Relato do Caso

M.I.M, feminino, 49 anos, deu entrada no serviço de Oftalmologia do Hospital das Clínicas de Marília com quadro de midríase à esquerda, diplopia e restrição de adução após biópsia excisional de lesão intraconal ipsilateral. Exame tomográfico prévio evidenciava lesão intraconal à esquerda de 16 x 14 milímetros com realce heterogêneo ao de contraste. Ao exame oftalmológico, apresentava acuidade visual preservada, restrição total de adução, pupila em midríase não fotorreagente à esquerda e contração lenta no reflexo para perto. Ao teste farmacológico com instilação de Pilocarpina 0,125% em ambos os olhos houve constrição da pupila midriática com pupila contralateral não sendo afetada. Realizada nova TC de Crânio e Órbitas, que evidenciou área hipoatenuante mal definida em cone retro-orbitário à esquerda, envolvendo os músculos reto lateral e inferior da órbita, sugestivo de hematoma. Diante do quadro apresentado foi levantada a hipótese diagnóstica de Pupila Tônica, secundária a lesão de gânglio ciliar pós biópsia excisional de lesão intraconal; as queixas de diplopia e restrição de adução atribuídas ao hematoma. Paciente foi informada sobre a irreversibilidade do quadro pupilar e orientada a manter acompanhamento com equipe de neuroftalmologia.

Conclusão

A paciente em questão apresentava lesão intraconal à esquerda que após biópsia excisional, evoluiu com desnervação parassimpática da pupila ipsilateral por lesão de gânglio ciliar. O teste farmacológico com Pilocarpina 0,125% evidenciou constrição da pupila anormal, corroborando com o diagnóstico.

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